segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Os veados

Estas fotos foram tiradas no verão passado, pelo meu irmão e representam uns veados que vivem nas serras à volta do Cadafaz.

Foto de Fernando Pires

Foto de Fernando Pires

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Olhares

Olhares de Fevereiro:





sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Folhas Soltas de Cadafaz Por A.Silva

VELHICE – FELICIDADE – TRISTEZA – INSEGURANÇA e, que FUTURO?
Felicidade – porque ser idoso é sinal que apesar de todos os problemas com que se deparou, foi conseguido sobreviver.
Tristeza – porque observando o presente vê em seu redor, ausência de alegria, convivência familiar, inclusive o dom de apreciarem a essência da vida e da natureza.
Insegurança – porque, tanto a nível material como humano a decadência e a agressividade constante, já que a assistência humanitária ou misericórdia cada vez se distancia de quem mais delas precisa.
- Afinal que nos/lhe s reserva o futuro?
Claro que não vou dramatizar recuando ao passado, quando os idosos eram levados para a serra com uma manta apenas (este costume e outros piores podem-se ler na Coleção de Portugal de Perto – Povo Português Vol.10).
Também não vou pensar na época em que as crianças nasciam, viviam e partiam sem qualquer assistência médica. Aqui as mezinhas de família e as do Barbeiro das aldeias, iam atenuando as maleitas, caso contrário o repouso no leito (enxerga) e a companhia dos familiares e amigos eram obras de misericórdia.
Por último, a vinda do Cura encaminhava o enfermo para o seu destino final. Por estranho que pareça estas situações não se passaram assim há tantos anos…
Felizmente que as mentalidades foram aderindo a novos conhecimentos e no caso de doença, embora com os difíceis acessos de comunicação, estradas, carreteiras e atalhos, única ligação entre as aldeias e vila, o certo é que começou a recorrer-se à vinda do médico da vila, sendo apenas necessário enviar a Góis uma pessoa com um cavalo para a vinda e regresso. Recordo aqui o saudoso Sr. Dr. Bernardo, quantas vezes teria feito esse trajeto, e sabe Deus muitas sem receber qualquer valor monetário, devido à pobreza do paciente.
Porém, as zonas rurais começaram a ver uma nova luz com a criação das Coletividades. Foi graças a elas que as vias de comunicação e assistência foram melhorando. Foi pois por iniciativa da Liga de Melhoramentos da Freguesia do Cadafaz logo no seu início a aquisição de duas macas, uma para esta povoação e outra para a Sandinha (até então o transporte de doentes urgentes era feito numa padiola). A construção de um posto Médico foi também uma realidade concretizada em 1937, na povoação da Cabreira, para apoio a toda a freguesia, com consultas de rotina e pequenos tratamentos de enfermagem, para a época um grande benefício. Mas também aqui como sempre foi normal e parece continuar no presente, as verbas camarárias rareavam para as necessidades desta povoação e freguesia. Pelo que, a construção do Posto Medico e relógio ma povoação da Cabreira foi feito praticamente com verbas angariadas pela liga de Melhoramentos da Freguesia de Cadafaz e verbas de bens naturais na altura aproveitados tais como – verba do minério explorado no local do Lagar, venda do azeite do mesmo e renda do Moinho, Bens estes pertencentes À Igreja Matriz e ao Povo da Freguesia do Cadafaz, o que demonstra que a contribuição para tal imóvel foi através de toda a população. Inclusive o mobiliário foi oferta de um benemérito o material médico cirúrgico por outro. Era assim que as obras se concretizavam com amizade e cooperação, se tratavam as dificuldades.
Passados alguns anos começou também um Posto a funcionar em Cadafaz no edifício da casa de convívio, tendo passado em 1990 para um edifício restaurado, onde anteriormente funcionou o Registo Civil e Escola (hoje sede da Junta de Freguesia).
Mas, também o referido Posto veio a encerrar em 2009, pela povoação de Cadafaz passou a ter dias de atendimento marcados no Centro de Góis. Para o qual é feita a deslocação dos utentes em táxi disponibilizado pelas entidades da freguesia (8). Claro este modo de deslocação apenas é compatível para utentes com razoável locomoção. E certo que não estamos em tempo de melhorias, antes pelo contrário mas, incrédulo que ao longo dos anos passados, não tenha havido na Histórica Vila de Góis) a preocupação de recuperação ou construção de um edifício hospitalar condigno equipado com meios clínicos, enfermagem e médicos de modo a que não fosse necessário o doente em estado grave esperar na aldeia pela ambulância e depois chegar ao Centro e seguir outros tantos ou mais quilómetros para Coimbra.
Este era sem dúvida um grande empreendimento a nível humanitário e postos de trabalho qualificativos. Infelizmente, hoje só com um grande milagre, pelo que apenas nos resta: -Pedir os bons ofícios dos Representantes do Concelho, para que ao menos seja conservado o Centro de Saúde de Góis. E, aqui não posso deixar de enaltecer o atendimento, atencioso e eficiente que nos tem sido prestado, quer a nível médico, enfenarem ou administrativo, que apesar dos meios exíguos de que dispõem (análises ou radiológicos) conseguem proceder com grande bondade e dedicação o que por vezes e, em algumas situações é terapêutica ideal.
Porém a tristeza e incógnita mantem-se ao verificar-se a perda de serviços da comunidade constantemente inclusive os que eles fundaram.
Pelo que, a pergunta mantém-se:- Que Futuro? - Será que lentamente estamos voltando às origens... - Que legado encontrarão os nossos JOVENS? - Terão hipótese de começarem de novo?
Cadafaz, janeiro 2012 
in O Varzeense de 30 de janeiro de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cadafaz de antigamente

Esta foto foi tirada do terraço da casa da Cila e mostra casas e telhados da Barroca.

Foto de Cila Nunes

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Obras na Igreja Paroquial de Cadafaz

A Fábrica da Igreja da Paróquia de Cadafaz, durante o ano transacto, procedeu à reparação do telhado da Igreja Paroquial, por este se encontrar em muito mau estado, assim como à pintura de todas as paredes exteriores do edifício, culminando com a substituição de quase todas as portas, de madeira, que dentro do possível mantiveram a mesma configuração. Na mesma ocasião todo o Altar-Mor foi reparado, incluindo a substituição do tecto.
Estas reparações já se encontram todas liquidadas e importaram nas seguintes quantias:
Reparação do telhado e pinturas exteriores € 23.000, pagos com dinheiro existente na conta da Igreja; Reparação do Altar-Mor €11.000 despesa suportada por um anónimo; E €7.187,30 na substituição das portas de madeira, pagas através de um donativo da Comissão de Compartes dos Baldios da Freguesia do Cadafaz.
Desde já agradecemos a todos aqueles que auxiliaram com donativos o pagamento destas obras, em especial a Comissão de Compartes que desde o início demonstrou disponibilidade em ajudar dentro das suas disponibilidades, nos referidos melhoramentos.
Dado que o corpo central da Igreja apresenta sinais de degradação nas paredes, assim como no tecto, é vontade desta Comissão de Culto proceder ao arranjo e pintura das referidas paredes, bem como, à substituição do tecto daquela área, trabalhos esses que orçam em cerca de €22.000, pelo que, apelamos a todos no sentido de auxiliarem através de donativos que podem ser entregues, aos elementos da Comissão de Culto ou junto do nosso Pároco Ver. Pe. Carlos, a fim de se poder tornar a Igreja Paroquial mais acolhedora.
Pela Fábrica de Igreja, Mário Fragoso
in O Varzeense de 30 de Janeiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Juventude dos anos 70

Estes são alguns dos jovens que viviam no Cadafaz nos anos 70. Infelizmente o Leonel Henriques já não está entre nós. Digam lá se não tinham muita “pinta”?
Da esquerda para a direita: Leonel Henriques, Casimiro Vicente, Valdemar Nunes e Victor Henriques.

Foto de Cila Nunes

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Quem foi José Henriques de Almeida
Não pretendo com os meus artigos diferenciar este ou aquele conterrâneo, pois, que todos mediante as suas possibilidades, acalentavam o sonho de engrandecer a sua aldeia.
José Henriques de Almeida, natural desta povoação, foi também um dos que deu um pouco de si em pro da comunidade cadafazense. Tal como os da sua geração, fez parte da exaustiva pesquisa do volfrâmio nesta freguesia do qual nos contava alguns episódios menos felizes. E, na expectativa de melhor futuro seguiu para Lisboa. Empregou-se na C. Carris, foi funcionário no Ministério do Interior entre outras profissões. Foi Presidente da União Recreativa de Cadafaz, fez parte da Assembleia de Freguesia e em 1960 desempenhou o cargo do Posto de C.T.T. de Cadafaz. Em 1985, é nomeado presidente do Rancho de Danças e Cantares da Freg. cuja reorganização e Federação no INATEL foi o seu grande esforço tal como o da sua esposa, não se poupando a tentativas de angariação de fundos desde almoços, passeios e atuações. Pelo que, conseguiram não só apetrechar a Casa de Convívio com utensílios de cozinha e serviços de louça para os banquetes de confraternização e não só. Também a remodelação de roupa e calçado para o rancho foi uma das suas preocupações, o que na altura não era fácil devido aos valores monetários, damos como exemplo o custo de calçado adequado – 350.000$00 – sendo obtido com ofertas apenas 220.000$00. Comprou também instrumentos musicais, como uma concertina no valor de 150.000$00, aparelhagem sonora, etc. Não restam dúvidas que foram os melhores anos de êxitos do Rancho Folc. de Cadafaz. Mas a doença não se compadeceu, pelo que, em 1996, passou o cargo. E em 1997 foi-lhe atribuída a Medalha de mérito do Município de Góis, pelo Sr. Pres. José Cabeças.
Sabemos que os anos passam; as pessoas desaparecem e os seus feitos ficam por vezes incógnitos. Creio que devem ser transmitidos às novas gerações. Só assim eles perdurarão.
in O Varzeense de 15 de Janeiro de 2012