domingo, 30 de janeiro de 2011

Rancho Folclórico e União Recreativa

Promoveram Encontro de Natal Que Reuniu Povo do Cadafaz

Com o único objectivo de promover o convívio entre os naturais, amigos e bairristas, o Rancho Folclórico “Danças e Cantares” da Freguesia do Cadafaz e a União Recreativa do Cadafaz, promoveram, no passado dia 18 de Dezembro de 2010, a sua Festa de Natal, com um almoço de confraternização na Casa de Convívio do povo do Lugar de Cadafaz e muitas surpresas que completaram o programa que preencheu todo o dia, conforme já foi noticiado no último Varzeense.
Esta verdadeira Jornada de convívio, que trouxe até à casa de Convívio, no Cadafaz, cerca de 130 pessoas, ficou marcada pelo descerrar de uma lápide em homenagem e gratidão aos sócios e dirigentes da União Recreativa do Cadafaz desde a sua fundação, em 1962, e por um almoço convívio que assinalou a diferença, pelo requinte e pelo excelente serviço, tanto na apresentação do espaço, como na deliciosa ementa que muito bem foi servida.


A lápide colocada no átrio da Sede da União Recreativa do Cadafaz foi descerrada pelo presidente da assembleia geral, Eng. Carlos Martins e pelo presidente da direcção Armindo Neves, na presença do presidente da Junta de Freguesia de Cadafaz, Casimiro Vicente, por alguns elementos do Rancho de Cadafaz e por alguns amigos da União que se associaram ao momento de homenagem aos sócios e dirigentes da União. No mesmo espaço esteve ainda patente uma mostra fotográfica, que permitiu a todos os presentes apreciarem algumas paisagens fascinantes da freguesia de Cadafaz.
Após descerrada a lápide, Armindo Neves apelou à juventude para que tomem conta da União e façam mais e melhor em nome do Cadafaz e do seu povo. Há 45 anos que iniciou serviços para a colectividade, a vender rifas, e hoje à frente da União de Cadafaz, Armindo Neves apelou ainda para que nas próximas eleições surja quem o substitua, no entanto, admitiu que continuará a apoiar a agremiação, dentro das suas possibilidades.


O presidente da assembleia geral agradeceu as palavras do orador que o antecedeu, referindo que, “Armindo Neves já tem um bom conjunto de anos de dedicação às causas do Cadafaz” e continuou afirmando que “foi um prazer estar presente nesta homenagem a um conjunto de homens que com grande sacrifício da sua vida, mobilizaram muito dinheiro para apoiar o Cadafaz, dando não só dinheiro mas também muito trabalho, com grande dedicação”. O Eng. Carlos Martins reconheceu o sacrifício efectuado pelos antepassados e as obras que foram efectuadas com grande esforço.

Apesar do mau tempo, o calor da fogueira e o enorme calor humano que se fez sentir durante todo o dia aconchegaram os cadafazenses neste encontro natalício. Mas, nada seria igual se não fosse a imprescindível animação efectuada pelo conjunto Musical de Concertinas “Sons da será”, vindo de Oliveira do Hospital e pela Tocata do Rancho do Cadafaz, que conseguiram colocar até os que não sabem dançar com vontade de também mostrarem os seus dotes dançarinos.


Após o almoço convívio, Armindo Neves agradeceu a presença de todos os que vieram dos mais diversos recantos de Portugal, especialmente ao “grupo maravilhoso de concertinas” e voltou a apelar à juventude de Cadafaz para que, dano as mãos, lutem pelo progresso desta terra. Deixou um bem-haja aos que estiveram no convívio e um abraço para os que não puderam estar.


Armindo agradeceu também aos membros do Rancho Folclórico de Cadafaz e enalteceu o seu presidente, Mário Neves, que, “apesar de todas as intempéries, conseguiu manter activo o rancho de Cadafaz”.
Para ajudar a fazer face às despesas, durante o encontro foi ainda efectuado um leilão e sorteada a arca da avó.


Refira-se ainda que o Rancho de Cadafaz passou por várias etapas e foi reactivado, em 1982,  pela mão de Casimiro Alves Vicente, actual presidente da Junta de Freguesia, sendo que, nessa data foram gravadas duas cassetes, agora compiladas em dois cd’s, que também foram vendidos durante o encontro natalício.


Conforme disse ao nosso jornal, Mário Neves, presidente da Direcção do Rancho Folclórico de Cadafaz, este encontro pretendeu ser uma festa de Natal para os elementos do rancho, associados da União Recreativa e para o povo em geral.
O presidente da direcção do Rancho acrescentou também que, já há muitos anos, o rancho promove um encontro de concertinas em Agosto, e dessa forma colabora com a Comissão de Festas no sentido de trazer mais pessoas ao Cadafaz e em simultâneo esse encontro é também uma recompensa para os elementos do Rancho Folclórico, visto que, estes têm direito ao almoço gratuito. Este ano, conforme Mário Neves acrescentou, também foi efectuado o referido encontro de concertinas, em Agosto, todavia, disse: “a União Recreativa do Cadafaz sugeriu para darmos as mãos em defesa da cultura e do regionalismo e por isso, decidimos aderir a essa colectividade e promover esta festa de Natal, não só para os elementos do Rancho Folclórico mas também para os associados e amigos da União Recreativa”.


Mário Neves aproveitou ainda para agradecer o apoio da Junta de Freguesia de Cadafaz, porque conforme mencionou apesar das instalações onde foi servido o lauto banquete “serem do povo do Cadafaz, é a Junta de Freguesia que está a custear a electricidade, a água e toda a manutenção do espaço”. Mário Neves agradeceu também à Câmara Municipal de Góis que ajudou com o transporte para os elementos e deixou ainda um bem-haja a todos os que marcaram presença no mega encontro de Natal, realizado no Cadafaz, pois, o sucesso do evento só foi possível graças à boa participação de todos.
in O Varzeense de 15 de Janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O lanche convívio

No final do Bodo decorreu um lanche convívio ao qual a ementa era sardinhas e entremeada.
A Cila, a Mila e a Isabel quiseram pousar para a fotografia:



Apesar do muito frio que se fazia sentir, os pais desta linda menina (foi a presença mais jovem) não deixaram de a levar para conhecer esta tradição muito antiga.


Os assadores de serviço:




Enquanto as sardinhas assavam, o Sr. Virgílio lá ia contando algumas anedotas.



Já com as sardinhas no pão:



O Juiz, Mário Neves,  com mais pão para ser comido com as febras:


O grupo à espera da febra:


Já com a febra no pão:



De repente ouvimos o Valdemar a dizer: lá vem o carro ambulante incendiário,  era o Américo e o Mário com um carro de mão com lenha a arder, que foram buscar ao Adro para aquecer mais um pouco a malta.
É só fumo, dizia o Mário

Foi um convívio muito divertido, onde não faltou comida, vinho e claro muita boa disposição. Todos lá ficaram mas eu e o meu marido tivemos de vir embora mais cedo porque ainda tínhamos que vir para Lisboa, quando saímos de casa ouvimos o toque das concertinas, a festa continuava...  
Para o demonstrar foi-me enviado pelo Sr. Virgílio Lopes umas fotos desse convívio:

Foto de Virgílio Lopes

Foto de Virgílio Lopes

Foto de Virgílio Lopes

Foto de Virgílio Lopes
Ficamos a aguardar pelo próximo convívio, que em princípio, será pela Páscoa.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A distribuição do Bodo

 
Mártir São Sebastião
Da esquerda para a direita: Juiz, mordomos de: Cabreira, Capelo, Sandinha, Cadafaz, Candosa, Cadafaz e Corterredor
A distribuição do Bodo aconteceu no domingo, dia 23, o Senhor Padre Carlos Cardoso marcou para as 9 horas o inicio da celebração religiosa. A essa hora, o termómetro marcava 1ºC, estava um dia lindo de sol mas com um vento gélido, tínhamos de estar muito bem agasalhos, talvez por isso estiveram este ano menos pessoas para receberem o Bodo.
Antes da missa, a comitiva deslocou-se à Casa do Bodo para a bênção das castanhas, dos pães e do vinho.





No fim da missa decorreu a procissão:




Enquanto não começava a distribuição das castanhas, que é a primeira coisa a ser entregue, as pessoas chegavam-se às fogueiras que tinham sido acesas ou então procuravam o sol para se aquecerem.



Enquanto isso, o Ti Albertino e Ti Manel tratavam de rachar a lenha:




Entrega das castanhas: 

Os mordomos do Cadafaz e Corterredor

Os mordomos de Capelo e Candosa


A distribuição das castanhas
A seguir foi a entrega do vinho:




E por último a entrega do pão:






No fim da distribuição cada mordomo das povoações da freguesia levou os pães para serem distribuídos nas suas aldeias.



Para o ano o Juiz será: Albano Henriques e os mordomos pelo Cadafaz: Albertino Vicente e José António Gomes.

 Não perca o próximo post que será sobre o lanche convívio, que decorreu  a seguir.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Últimos preparativos para o Bodo

As castanhas

Meio alqueire de castanhas

Foi no sábado, dia 22, que as castanhas foram cozidas na Casa de Convívio do Cadafaz, foram divididas por duas panelas e um tacho, coube ao mordomo José António Gomes de as cozer.

As castanhas piladas





                                                                                     A colocar na panela




A colocar o sal

                                                                              A mexer as castanhas


                                                                As panelas e o tacho já ao lume

Porque este serviço ia ser demorado, como se verificou que durou pelo menos 2 horas e meia para que todas as castanhas estivessem bem cozidas. Um pequeno grupo foi fazer companhia ao Zé António.
Houve tempo para dois dedos de conversa:  


                                                      Eu, o Mário Neves e o Sr. Virgílio Lopes

e para umas anedotas:

O Sr. Virgílio a contar uma ao meu marido, Filipe.

de vez em quando era preciso verificar se as castanhas tinham água que chegassem:



Aqui é preciso mais água, dizia o Zé António, lá íamos nos busca-la.


                                                                       As castanhas a cozerem

Por fim, a última panela estava pronta:

                                                         Esta panela é bem pesada!, dizia o Filipe

Quando já estão cozidas é preciso escorrer a água:



                                                                              Já cozidas e escorridas

E colocar as castanhas nas cestas:


As castanhas todas cozidas:



                                                     O Pão


Enquanto o Zé António estava de volta das castanhas, o outro mordomo do Cadafaz Américo Antunes e o Juiz Mário Neves estavam de volta do pão. Era preciso contar todos os pães, para ver se não faltavam nenhum. Ao todo foram contados mais de 1800 pães.



Não perca o próximo post com a entrega do Bodo.