domingo, 30 de maio de 2010

Os alunos

Esta foto foi tirada na segunda metade dos anos 40 e representa os alunos que a Professora Arminda Jesus Alves Martins tinha nesse ano. Nessa altura a D. Arminda dava aulas na escola no Corterredor.

Foto de Cila Nunes

Os alunos que estão aqui retratados são do Corterredor e Cadafaz, sendo os seguintes para o Cadafaz:
1 – Miquelina Pina, 2 – Manuel (filho da D. Mercedes), 3 – Aníbal Almeida, 4 – Artur Nunes, 5 – Arminda Silva, 6 - Maria Alice Folgosa (Corterredor), 7 - Fernando Folgosa, 8 - Maria Odete Gaspar
Professora: Arminda Jesus Alves Martins

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Olhares XVIII


Casas em ruínas

Espelho I

Espelho II

Porto Rego

 Flor de cerejeira

Ramos de cerejeiras em flor

terça-feira, 25 de maio de 2010

Folhas Soltas de Cadafaz por A. Silva

Mas… Cadafaz não foi nem é um mito – o povoado sempre existiu

São os antigos textos históricos que nos vão aumentando a curiosidade e conhecimento acerca dos nossos antepassados, "cuja valiosa fonte tem sido obtida através da -exaustiva pesquisa dos nossos historiadores e investigadores, sendo a sua divulgação quer literária, quer informática, a grande difusora. Infelizmente, nem sempre é possível obter tais conhecimentos - é o caso de Cadafaz, sem qualquer sector de literatura disponível ou meios, informáticos, inclusivamente até os testemunhos pessoais se tem deixado perder. Mas, .. Cadafaz não foi nem é apenas um mito - o povoado existe e existiu não foi por acaso o aparecimento das primeiras habitações no Codeçal - não foi por acaso a sua mudança, ou seja, a mudança da comunidade para o local actual, nem sequer as ruínas de grandes casas que ainda conseguimos descobrir, além dos muitos e dispersos terrenos de cultivo, cujos socalcos tentam mostrar a obra humana, tal como os soutos, os olivais e os muitos e variados engenhos que ajudaram a criar gerações. Por tudo isto, temos de acreditar que também aqui a obra das gentes do povo rural foram de grande vulto. Diz-nos o Historiador J. H. Saraiva, no seu livro a História Concisa de Portugal; "não tem sido fácil o conhecimento das acções do povo por falta de documentação escrita. A totalidade de que se dispõe está ligada à igreja e a propriedade ou uma e outra, pois só o clero sabia escrever. Desde muito cedo tiveram os seus cartórios [já existiam no. tempo do rei D. Afonso Henriques]. Mas há vestígios que mostram que o povo desempenhou acções decisivas e de grande determinação.

No entanto, as dificuldades parece que se vão atenuando e a investigação torna-se mais profícua, pelo que vamos tendo conhecimentos de dados valiosos e Interessantes. É o caso do pequeno resumo do texto que passarei a transcrever com o devido respeito ao seu autor, Dr. J. Tengarrinha, visto tratar-se de Cadafaz e Colmeal: "Nas freguesias do Colmeal e Cadafaz, concelho de Góis, em 1777 / 1779, os agricultores recusaram-se, apesar das ameaças e intimidações, a satisfazer excessivas e arbitrárias jugadas cobradas em cada triénio, especialmente às pessoas mais pobres, e exigidas pelos feitores do donatário da vila Conde de Vila Nova".

Alguns anos mais tarde surge nova referência sobre as mesmas povoações. Nos lugares de Cadafaz e Colmeal, concelho de Góis, os agricultores resistiram colectivamente em 1782/1783 às exigências de maiores foros superiores aos determinados no foral, feitas pelos contratadores das rendas do donatário de vila nova. Cadafaz teria de passar a pagar anualmente 50 alqueires de pão e Colmeal 32, e os rendeiros passaram a exigir 459 alqueires sem que as terras de cultivo tivessem aumentado.
Os excessos de cobrança foram ao ponto de um tal João Moniz, por não possuir um alqueire de pão, ter de pagar a dinheiro 440 reis, Luiz Braz 420, Mannuel Simões 450 e Sebastião Fróis 460, tudo no ano de 1782, em que os preços do trigo e centeio não tinham atingido tais níveis.

A leitura destes textos e de outros que se passaram por todo o País, comprova qual a classificação e exploração ao povo rural, não só do trabalho agrícola, como dos bens monetários e humanos. No entanto, e actualmente, as frases são diferentes, chiques e imperceptíveis, não referindo o povo da gleba, mas sim o povo que contínua a trabalhar e tenta viver a sua vida honestamente. São estes que continuam a pagar, os foros ... jugadas... fintas ... etc, etc, tudo em nome de impostos.
Felizmente o povo é pacato, e só se irrita quando o clube perde ...

Cons. - Hist.Concisa de Portugal - Dr.J. H. Saraiva
Cons. - Movimentos Pop. Agrários em Portugal - Dr. José Tengarrinha
Agrad. - A Paula Santa Cruz pela inf. disp. além de enaltecer a sua iniciativa particular de dar a conhecer o Cadafaz através do seu Blog pessoal.
in Jornal de Arganil de 20 de Maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Alminhas da família Neves

Campanário em frente da povoação, chamada Fonte do Juíz, mandada construir pela família de Alcides Antunes.

Luciano Nunes dos Reis
in O Varzense, de 15/05/2007

Fotos:









Fotos tiradas de noite, num dos dias em que a Santinha está iluminada:


sábado, 22 de maio de 2010

As obras nos Portos

No início do mês de Maio, devido aos buracos que havia no chão foi retirado a cobertura de madeira que estava por cima do poço. Neste momento, estão a construir uma nova cobertura de cimento e pedras.
Coloco umas fotos que o Mário Neves me enviou das obras que lá estão a decorrer.






Fotos de Mário Neves

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Folhas Soltas de Cadafaz por A. Silva

Cerimónias religiosas da Páscoa em Cadafaz
Longe vai o tempo em que a alegria e azáfama da festividade pascal eram, sem dúvida, uma grande demonstração de fé plena de actividades religiosas, algumas das quais começavam no início da quaresma, como os cânticos diários das ladainhas, a lamentação das almas, as confissões etc. Hoje não passa de uma efémera continuidade e se ainda se mantém é graças à boa vontade de elementos da comunidade que se prontificam, fazendo a visita na povoação e restantes aldeias.
Já que nos últimos 20/30 anos deixou de ser feita com acompanhamento do Sr. Pároco ou até leigos da paróquia. Mas este ano nas restantes cerimónias tivemos o privilégio da presença do Exmº. Monsenhor André Freire quer na missa e bênção dos ramos quer na missa e procissão de Domingo de Páscoa. Pelo que, nos sentimos muito honrados e reconhecidos. Procedeu-se em seguida à visita às casas dos residentes e dos conterrâneos que nesta altura se deslocam à sua aldeia inclusivamente muita juventude que neste dia conseguem atenuar a solidão em que as pessoas vivem normalmente sós.
Oxalá que deus os proteja e ajude tal como aos mensageiros da visita que, mais uma vez, percorreram as povoações em tão nobre missão.

Limpar Portugal
Pelo que tive conhecimento também nesta freguesia decorreu a limpeza. E, fiquei, de facto surpreendida, com o material mais encontrado nesta zona, em virtude de não serem conhecidas oficinas de viaturas ou algo respeitante ao ramo…
Esta acção não deve ser só considerada como festiva e fotogénica, mas sim, como um aviso de alerta e de consciência para que se pense não só na limpeza doméstica, mas também no espaço interior das povoações e nas zonas de acesso às mesmas.
Infelizmente, em Cadafaz, deparamo-nos com amontoados dos mais diversos materiais ou monos, e até alguns de uso fúnebre, o que não só dá um péssimo aspecto aos residentes como a quem nos visita ou circula de passagem. Neste caso as entidades da freguesia, e não só, terão uma dose de “meã culpe”, porque não falta nesta zona locais propícios a este género de material e que poderiam ser cedidos para tal efeito, como já se verifica noutras freguesias.

A Dança das Placas
Como foi de conhecimento da comunidade, em Agosto passado foi feita nesta povoação uma homenagem ao Regionalismo da freguesia na qual foi inaugurado a reposição de uma antigo chafariz no Adro da Igreja. Porém, como é habitual fica sempre algo por concluir e, neste caso, parece que tapar uma abertura rapidamente foi simples… Só que a abertura é da parte de trás do chafariz e bastou tapá-la com uma placa de mármore há tempo retirada de outro local e mesmo quando a placa se refere a uma homenagem feita pela Liga de Melhoramentos da Freguesia de Cadafaz a um ilustre Eng. que muito contribuiu para a realização dos vários melhoramentos nesta povoação e não só, quando dos melhoramentos rurais em 1940 – e, como conclusão observamos que a mesma se refere a um Largo e não ao início de um lance de escadas onde agora está colocada. Será assim tão dispendioso uma portinha para o orifício nas “costas do chafariz”?
Na mesma altura (Agosto) foi aberto um acesso para uma garagem de Junta de Freguesia, pelo que foi destruído parte de um muro onde estava afixada uma Placa da Homenagem à fundadora do Rancho Folclórico de Cadafaz (1939).
Acontece que até à data não foi feita a reparação (remate) do muro nem colocada a placa … ali ou noutro local condigno.

Placard Turístico da Freguesia de Cadafaz
Certamente não têm passado despercebidos os placards instalados nos limites da nossa freguesia. Dignifico a ideia, pois, foram bem pensados… bem seguros… com bonitas cores… e possivelmente bem dispendiosos (para uma freguesia pobre) e é por esta razão que me atrevo a expressar a minha surpresa ao verificar que: a área geográfica da freguesia de Cadafaz neles inseridas se encontra em plano horizontal (ver foto 1 – Placard – Fotoc. Posição que deveria ter sido utilizada embora também nesta o rio e vias de acesso não estejam muito correctas, no entanto, não estaríamos deitados.
Claro que na posição do placard, o Slogan “um paraíso na terra” não nos anima, mesmo estando a freguesia em decadência.
Por hoje as folhas já vão longas. Todos estes assuntos foram já dados a conhecer pessoalmente à entidade responsável, no entanto, as explicações confusas não passaram ainda à solução.
in O Varzeense de 15 de Maio de 2010


 Placard afixado na freguesia de Cadafaz


 Posição correcta do mapa da freguesia de Cadafaz


NOTA: Por as fotos estarem a preto e branco no jornal e ter as mesmas a cores coloquei as minhas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Colecção Museológica de Góis

2009
18 de Maio – Foi aberto ao público a Colecção Museológica de Góis, com peças seleccionadas dos espólios doados ao município por Alfredo e Carolina Simões Travassos, Armando Simões Travassos, Margarida Santos Coelho e Fátima de Jesus Neves.

- Ramos, João Barreto Nogueira, «A República Democrática 1974-2009 (No novo regime)» in O Concelho de Góis, Ensaio de Reconstituição da sua História, (do Século XII ao Século XXI), Cronologia do Poder e da Sociedade, Movimento Cidadãos por Góis, Outubro de 2009, p.251

sábado, 15 de maio de 2010

Inicio da construção da Estrada da Serra

1952
15 de Maio – Foi iniciada a construção da Estrada da Serra, ao longo do vale do Ceira, a partir da vila de Góis em direcção às freguesias de Cadafaz e Colmeal. É uma das grandes aspirações do concelho, que por ela vem lutando há cerca de 70 anos. Em 1889, fizera-se um pequeno troço de algumas centenas de metros, a partir do Bairro Teófilo Braga, em frente à AERG.

- Ramos, João Barreto Nogueira, «O Estado Novo 1926-1974 (No novo regime)» in O Concelho de Góis, Ensaio de Reconstituição da sua História, (do Século XII ao Século XXI), Cronologia do Poder e da Sociedade, Movimento Cidadãos por Góis, Outubro de 2009, p.212


 Foto da descida para Góis, logo a seguir à antiga lixeira

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Hoje é Dia da Espiga


Hoje é dia da espiga, dia santo com uma tradição muito antiga em que as crianças vão ao campo colher papoilas, malmequeres, espigas de trigo, ramos de oliveira, etc.
Quando viemos de França em 1985, eu e os meus irmãos, fomos uns meses para a Escola Primária do Cadafaz para aperfeiçoarmos o nosso português. Nesse dia da espiga fomos mais os alunos e a professora a pé até Entre Ribeiras para colhermos as fores e celebrar o dia.
Em Lisboa, este dia é recordado através dos vendedores que estão numa esquina a vender os ramos. Quando comprava o meu, estava uma senhora a comentar que tinha de comprar um pão e guarda-lo até ao ano que vêm também. Penso que no Cadafaz não existe a tradição de guardar o pão, porque nunca ouvi falar.
A Quinta-feira de Ascensão é uma festa religiosa católica e representa o quadragésimo dia depois da Páscoa, em que Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos no Monte das Oliveira em Jerusalém.
O ramo da espiga deve conter o seguinte:
- Papoila que representa o amor e a vida
- Malmequer que representa o ouro e a prata
- Espiga de trigo que representa o pão
- Oliveira que representa o azeite e a paz
- Videira que representa o vinho e a alegria
- Alecrim que representa a saúde e a força
Quem tiver um ramo de espiga deve o guardar até ao ano seguinte e substitui-lo por outro.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

À janela

Mais uma foto antiga:

Foto de Cila Nunes

Da esquerda para a direita: Maria Nunes, Cidália Nunes e Lucinda Gaspar. O rapaz é Artur Nunes

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz

 
O presidente da Junta de Freguesia de Cadafaz, Casimiro Vicente, considera que, as maiores necessidades da freguesia prendem-se com os sectores: social, turístico e das infra-estruturas de apoio à freguesia.
Numa freguesia com “cerca de 300 habitantes dos quais, aproximadamente 12% apresentam uma faixa etária inferior a 25 anos”, o presidente entende que “o Cadafaz tem grandes potencialidades Comerciais, Industriais e Agrícolas que podem garantir aos seus habitantes estabilidade financeira”.
Optimista no que se refere ao futuro, acredita que podem ser “criadas infra-estruturas possibilitando ter “uma freguesia modelo”.

Jornal O VARZEENSE (Varz.) – O que o levou a candidatar-se a presidente de Junta da freguesia de Cadafaz?
Casimiro Vicente (CV) – A razão da minha recandidatura resume-se simplesmente ao slogan usado no meu último manifesto eleitoral: “Mais importante é fazer que prometer!”. Como é do conhecimento do povo da minha freguesia, no manifesto anterior planeei alguns projectos, que iniciei mas não conclui, por várias razões, entre elas a crise económica. Por tal motivo, não ficaria de consciência tranquila ao virar as costas às referidas obras e consequentemente ao povo da freguesia, sem tentar levar o barco a bom porto. Espero concluir as referidas obras e continuar a projectar outras que mais à frente falarei. Sendo estes os meus motivos teria mesmo que me recandidatar.

Varz. – No seu entender, quais as obras de maior relevância que foram feitas nos últimos anos? Houve alguma que se arrependesse da forma como foi feita?
(CV) – Todas as obras realizadas tiveram a sua relevância, pois, por mais insignificantes que pareçam, contribuíram para melhorar o bem-estar e a qualidade de vidas dos residentes das várias aldeias, visto ser esse o nosso objectivo e não a construção de obras com grandes fachadas sem qualquer utilidade para os habitantes. Arrependimentos da forma como foram feitos? Sim tenho, pois gostaria que algumas delas ficassem mais completas e perfeitas, mas por causa de problemas monetários, ficaram aquém do nosso objectivo e sujeitas a críticas, por vezes sem fundamento ou falta de conhecimento do motivo.

Varz. – Actualmente, quais as maiores necessidades da freguesia?
(CV) – Neste momento existem 3 sectores que necessitam de serem trabalhados, sectores esses que têm vindo a arrastar-se ao longo dos tempos, são eles: o sector social, o sector turístico e o sector das infra-estruturas de apoio à freguesia.

Varz. – Olhando para o futuro, quais as principais prioridades para a freguesia e quais os projectos mais relevantes que a Junta de Freguesia tem para o Cadafaz?
(CV) – Não falemos de prioridades mas sim de uma prioridade que engloba todas as outras, queremos ver os sectores anteriormente mencionados completamente desenvolvidos.

Varz. – Quantos habitantes tem a freguesia? É uma freguesia com muitos jovens?
(CV) – Tem cerca de 300 habitantes dos quais, cerca de 12% apresentam uma faixa etária inferior a 25 anos.

Varz. – O que nos tem a dizer da Confraria do cabrito e da castanha criada recentemente?
(CV) – Posso dizer que a primeira etapa já foi concluída, que foi a sua escritura pública. Neste momento estamos a trabalhar na próxima etapa, que é a constituição dos Corpos Sociais, sendo esta um pouco mais demorada, visto que queremos que as freguesias do concelho tenham igualdade representativa independentemente da localização da sede da confraria. Só assim se compreende o objectivo para que foi criada: Unir o nosso concelho gastronomicamente e dá-lo a conhecer a nível nacional ou mesmo internacional. Também é nossa intenção incluir na confraria as respectivas comissões de melhoramentos do concelho, assim como a criação de uma tocata típica.

Varz. – Na festa da freguesia, realizada em Lisboa, foi apresentado um mega projecto para a freguesia de Cadafaz. O que nos tem a dizer sobre esse projecto?
(CV) – Esse projecto já está a ser elaborado em parceria com a Câmara Municipal de Góis e esperemos que outras entidades adiram, visto ser um Projecto Colectivo de Desenvolvimento do Vale do Ceira, que depois de posto em prática criará postos de emprego e gerará riqueza natural, pois não será direccionado para uma só vertente mas sim para várias.

Varz. – E na área social, o que tem a dizer? No que se refere a apoio aos idosos entende que é uma freguesia bem apetrechada? Que medidas pensa tomar? Em que ponto se encontra o Lar da freguesia do Cadafaz?
(CV) – Devido ao facto das extensões do Centro de Saúde de Góis no Cadafaz e na Cabreira terem sido encerradas, estamos a apoiar todos os doentes da freguesia, fornecendo transporte gratuito, todas as segundas-feiras, para a deslocação ao respectivo centro com vista a visitarem o seu Médico de Família. Em relação ao Lar de Idosos da Freguesia de Cadafaz, graças a Deus e aos Homens a luz já não brilha ao fundo do túnel, mas sim se vislumbra a partir do meio, pois a sua concretização será, a curto prazo, uma realidade.

Varz. – Neste último mandato, desde que tomou posse, quais as principais obras já efectuadas pela Junta?
(CV) – Não assumo obra nenhuma como principal, todas elas, umas com mais projecção, outras com menos, foram dignas do nosso esforço e trabalho. Assim, temos a sensação de dever comprido e a consciência tranquila pois todas as obras e respectivas aldeias tiveram a devida e merecida atenção.

Varz. – Em termos de edifício, a Junta de Freguesia tem o espaço adequado? Ou perspectiva-se alterações?
(CV) – Não perspectivamos alterações, pois o espaço existente ainda é recente, embora pequeno, penso que serve dignamente o fim para que foi criado. Perspectivamos sim a ampliação e restauração da Casa do Convívio de Cadafaz pelo seu estado de degradação em que se encontra e passar-lhe a dar uma utilidade mais válida para a freguesia, criando-se ali um edifício multiusos da mesma.

Varz. – No que se refere a ex-líbris, quais os locais que aconselha visitar na freguesia de Cadafaz?
(CV) – Toda a freguesia por si só, nas suas particularidades, é um ex-líbris para quem a souber apreciar claro.

Varz. – Como define a freguesia?
(CV) – Defino como uma freguesia sem grandes potencialidades Comerciais, Industriais ou Agrícolas que possam garantir aos seus habitantes estabilidade financeira, em comparação a grandes centros mais desenvolvidos. Mas em contrapartida, é possuidora de um potencial humano capaz de fazer inveja a muito poderio económico privilegiado. Foi sempre um povo pacífico, hospitaleiro e pouco exigente, o que por vezes se revela um defeito, pois deveria procurar mais e acomodar-se menos. Dois exemplos disso são de quando no passado se deu a perseguição por parte dos carvoeiros e a respectiva retirada dos terrenos, onde o nosso povo exercia a sua pastorícia, que eram a base da sua subsistência. Estes dois factores contribuíram para a desertificação da freguesia, pois o povo, lutador que era, foi em busca de melhores condições de vida, em vez de exigir os seus direitos. Hoje, com uma população menor na freguesia, acreditamos que se forem criadas as infra-estruturas que se estão a projectar iremos recuperara o perdido e ver a nossa freguesia como uma freguesia modelo em qualidade de vida.

Varz. – Deixe uma frase ao povo Cadafazense.
(CV) – Cadafazenses… Tudo melhora quando um certo número de pessoas decide que deve viver melhor. Tudo muda quando as pessoas se unem para um propósito comum.
Saudações Cadafazenses.
in O Varzeense de 30 de Abril de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Fotos do Parque Eólico de Cadafaz II

A construção do parque:

As pás

A montagem

A torre em construção

As máquinas

O parque:




   O rotor eléctrico
                                      
A torre

A subestação

Algumas paisagens que podemos ver:

Cabreira


Folgosa, Esporão, Carvalhal Miúdo, Ladeiras, etc.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Parque Eólico de Cadafaz II


  Vista da Lomba das Relvas

À pouco tempo começou a funcionar o novo Parque Eólico de Cadafaz II, ao todo são 9 torres de areogeradores com 83 metros de alturas cada uma. No primeiro parque que já está em funcionamento desde 2001 as torres medem 47 metros, quando olhamos para o cimo das novas eólicas é impressionante a altura que elas têm. Recomendo um passeio até elas, poderão ver uma bela paisagem a perder de vista.
Encontrei na Internet uma informação do ano de 2008 referente a um estudo do novo Parque eólico que nos dá uma previsão do seu funcionamento:
A colocação de 9 aerogeradores de 2000 kW, correspondendo à instalação de uma potência total de 18 MW e a uma produção média anual estimada de 52,6 GWh.
A construção do Parque Eólico corresponde a um investimento de cerca de 22,5 milhões de euros. Ao longo da fase de operação do projecto, que se prevê de 20 anos serão apenas necessárias visitas ao Parque para manutenção e eventuais reparações.
O marco geodésico da Malhadinha (cota 948m) localiza-se entre os aerogeradores.
A Subestação de Folques, que se situa no concelho de Arganil será o ponto de ligação à rede eléctrica, sendo a tipologia da linha de 60 kV.
Durante a fase de exploração prevê-se que nas povoações analisadas os impactes acústicos sejam nulos ou de magnitude reduzida.
in http://aiacirca.apambiente.pt/Public/irc/aia/aiapublico/library?l=/aia1863_subestao/resumo_no_tcnico/_adit_rntpdf/_PT_1.0_&a=d, conultado em Março 2010

Das vezes que estive no Cadafaz e por a minha casa ficar perto do parque eólico, quando um dos aerogerador está a funcionar temos ouvido como barulho de fundo a rotação das pás, que me faz lembrar um avião a passar, o que será quando todas as torres estarão a funcionar em pleno? Nem quero imaginar o barulho, só sei que o silencio acabou…

A seguir coloco um texto, que fiz em 2008 para o meu processo de RVCC-Secundário, onde falei sobre o Parque Eólico de Cadafaz:
Como o Cadafaz é situado numa zona alta, de há uns anos a esta parte, tem aparecido cada vez mais parques eólicos nas redondezas mais elevadas. Nestes parques, é fabricado a energia eólica que consiste em aproveitar o vento, a qual é transformada em outros tipos de energia como a energia mecânica e energia eléctrica.

Os primeiros aproveitamentos desta energia foram feitos pelos barcos veleiros há milhares de anos, moinhos de vento que moíam grão ou bombeavam água.
Hoje em dia produz-se electricidade com os aerogeradores de grandes dimensões ao qual também é dado o nome de turbinas eólicas.

Anexo 1





Anexo 2



A energia cinética do vento resulta das deslocações de massas de ar e transforma-se em energia mecânica através de aeromotores e em energia eléctrica através de turbinas éolicas ou aerogerador.
O funcionamento de um aerogerador é baseado na conversão da energia cinetica, que resulta do movimento de rotação, o qual é feito com ventos superiores a 3m/s (11km/h) nas pás do aerogerador. Para um bom rendimento é necessário que a localização dos geradores estejam numa região muito ventosa.
A potência mecânica disponível numa turbina depende da velocidade do caudal de ar que passa através dela. A quantidade de electricidade a ser gerada pelo vento depende de quatro factores:
- Da quantidade de vento que passa pela hélice
- Do diâmetro da hélice
- Da dimensão do gerador
- Do rendimento de todo o sistema



Esquema de produção de energia electrica
Foto: U.S. Department of Energy
Anexo 3



Um aerogerador é formado por:
Rotor eléctrico: é o componente responsável por capturar a energia cinética dos ventos e transformá-la em energia mecânica de rotação. A sua configuração influencia directamente o rendimento global do sistema.
Existe dois tipos de rotores: de eixo horizontal que se dividem em três grupos:
Rápidos (2 a 3 pás), Velocidade média (3 a 6 pás) e Lentos (6 a 24 pás)
Rotor de eixo vertical: é menos usado porque o aproveitamento do vento é menor.

Anexo 4

Transmissão e caixa multiplicadora: é composta por eixos, engrenagens de transmissão e acoplamentos. Transmite a energia mecânica entregue pelo eixo do rotor até ao gerador.
Mecanismo de controlo: destina-se à orientação do rotor de velocidade e de carga.
Gerador: transforma a energia mecânica de rotação em energia eléctrica através de equipamentos de conversão electromecânica. O tipo de gerador influencia o comportamento e a interacções com a rede.
Torre: sustenta e posiciona o rotor a uma altura conveniente para o funcionamento.

A energia eólica é vista como uma das mais importantes opções para a geração de energia limpa e sustentável, o que possibilita uma melhor qualidade de vida para as futuras gerações. Também reduz os gazes de efeito estufa e faz baixar a poluição.
Um dos problemas para esta energia é o da intermitência do vento. O que faz que esta energia não é um fornecedor seguro devido às variações do vento. Esta energia poderia substituir outra energia renovável que é a hídrica.
Tem havido alguns protestos contra os parques eólicos devido ao impacto visual e ambiental. Os aerogeradores ao movimentarem as pás fazem muito ruído e “estragam” a paisagem com estas altas torres. Também afecta a vida animal, como os morcegos e as aves canoras que migram durante a noite e à baixa atitude o que faz que correm risco de embaterem nas pás.
Como em tudo, existe sempre prós e contras, temos que tentar conciliar as coisas para poder ter no futuro uma boa qualidade de vida.
http://elepot.dei.uminho.pt/SiteElepot/simposios/apresentacoes/mafalda.pdf, consultado em Julho 2008

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Em fila indiana

Nesta foto estão alguns homens do Cadafaz e pertencentes à Sandinha.

Foto de Virgílio Lopes

Da direita para a esquerda: Manuel (Relvas) (sem certezas), Manuel Martins dos Santos, Guilherme Alves, Carlos Vidal, José Muro (Sandinha), Manuel Félix (Sandinha), Manuel Francisco dos Reis, Albano Nunes dos Reis, Manuel de Almeida (marido da srª Deolinda) ou Guilherme Vicente, António Almeida, Carlos Simões Folgosa (sem certezas), Manuel Domingos, José Maria (Carteiro).

NOTA: Mais uma vez obrigada Cila pela tua ajuda nos nomes e ao Sr. Luciano Domingos pela indicação dos nomes que faltavam.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

APELO

Li com muita atenção o post que coloquei na 5ª feira, dia 19, sobre o Conselho Regional que se realizou no dia 24 de Abril na Casa do Concelho de Góis.
Foi com pena que verifiquei que a União Recreativa do Cadafaz, não esteve representada. Sendo, eu sócia, não tendo as quotas em dia, penso que nenhum dos sócios as tem, visto não sabermos a quem nos dirigir para pagá-las, porque há vários anos, considero, que a União está parada e não havendo reuniões, os associados não têm conhecimento do que se está a passar.
Neste momento existem algumas obras urgentes a fazer em dois locais pelo menos. Temos de preservar o que é de todos nós.
Não sei se é da competência da União Recreativa do Cadafaz ou da Junta de Freguesia, o meu apelo é para as 2 instituições e quem sabe, também para a Câmara Municipal de Góis.
Num post que coloquei no dia 11 de Maio de 2009, já os referi.
Os dois locais a que me refiro são:
A Casa de Convívio, as janelas ESTÃO UMA VERGONHA, mais abaixo poderão ver fotografias que tirei no fim-de-semana de Ramos, no seguinte decorreu o almoço da Comissão de Festa e penso que tenham sido eles que lhes deram um conserto possível, mas daqui a pouco tempo elas voltarão ao mesmo.
Já ouvi vários comentários, sobre elas, os últimos são que a Junta queria colocar umas novas em alumínio mas a Câmara Municipal ia oferece-las ao manda-las fazer na sua carpintaria, isto ainda no mandato do Sr. Girão.
Agora existe outra versão que a Casa de Convívio vai para obras e por esse motivo não reparam as janelas. As obras ao que parece só vão acontecer daqui a 3 ou 4 anos, pergunto eu, é motivo de as janelas estarem assim até lá?????





O outro local é o lavadouro, qualquer dia o telhado cai, apesar de não ser utilizado como antigamente, sei que ele continua a servir, porque quando vou ao Cadafaz vejo roupa estendida no estendal. Digo que o telhado cai porque estando lá dentro ao olharmos para o tecto vemos o céu pela uma fresta, a foto que vou colocar mais abaixo o comprova, foi tirada em Maio do ano passado, depois deste inverno muito chuvoso, faço ideia como ele deve estar!




Outro assunto que diz respeito a todos os cadafazenses e a todas as aldeias da freguesia do Cadafaz são as telecomunicações.
A única Comissão da Freguesia do Cadafaz, que esteve presente foi a Comissão de Melhoramentos da Sandinha, que foi representada muito bem pelo Sr. José Batista, em relação ao assunto das telecomunicações porque abrangeu toda a freguesia. Já referi num post do ano passado o problema dos telefones. Os fixos a maior parte das vezes não funcionam, quando funcionam é mal, os clientes pagam na mesma sem terem direito ao serviço, já reclamei para a Portugal Telecom tanto por telefone como por escrito, mas continua tudo igual e penso que o serviço tem vindo a piorar cada vez mais, pelo menos na aldeia do Cadafaz, já vamos nisto há mais de 10 anos.
Rede móvel, não existe… sendo estas aldeias da freguesia do Cadafaz, cada vez mais habitadas só por pessoas idosas como é que se consegue avisar os bombeiros ou familiares para serem socorridos? Não se consegue…
Já manifestei a minha preocupação à Junta de Freguesia, visto ser uma entidade pública, a resposta que obtive é que com as linhas fixas havia pouco a fazer, porque a Portugal Telecom não quer mudar os cabos que estão velhos e sobrecarregados. Sobre as linhas móveis já tinham enviado um pedido por escrito à TMN, indicando que disponibilizariam o terreno, mas pelo menos até à Pascoa não tinham obtido resposta. Temos várias operadoras móveis em Portugal, já que uma não deu resposta, penso que deveriam contactar as outras, não sei se o fizeram entretanto.
Estes assuntos podem ser insignificantes para algumas pessoas, mas para outras dizem alguma coisa, que é o meu caso e sei que não sou a única a pensar assim, por isso aproveito para o abordar aqui no meu blogue, pode ser que alguém de direito o leia e nos dêem uma resposta.

domingo, 2 de maio de 2010

Inauguração da Ponta nova da Cabreira

1981
2 de Maio – Inaugurada na Cabreira a ponte sobre o rio Ceira.

- Ramos, João Barreto Nogueira, «A República Democrática 1974-2009 (No novo regime)» in O Concelho de Góis, Ensaio de Reconstituição da sua História, (do Século XII ao Século XXI), Cronologia do Poder e da Sociedade, Movimento Cidadãos por Góis, Outubro de 2009, p.231

Fotos da ponte:


sábado, 1 de maio de 2010

Maio

 
Eu sou o Maio
Da pouca ventura,
Que não guarda grão
Para amassadura.

Alguns provérbios de Maio:

Em Maio bebe o boi no rego.
Maio ventoso faz o ano formoso.
Maio pequenino, de flores enfeitadinho.
Quem em Maio relva, nem tem pão nem tem erva.
Em Maio, mal amanhece é logo noite escura.
Chovam trinta Maios e mão chova em Junho.
Sáveis em Maio, maleitas todo o ano.
As favas, Maio as dá e Maio as leva.