sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A construção do cemitério novo

Até ao ano de 1894, as pessoas da Freguesia eram sepultadas dentro da Igreja do Cadafaz.
O cemitério “velho” tem data de 1894. Foi-me dito, que a primeira pessoa a ser sepultada, foi um senhor que vivia no Corterredor, mas era do Braçal.
O cemitério “novo” tem data de 1944. Várias pessoas do Cadafaz trabalharam na construção da parte nova.
Como o terreno tinha pouca terra, as moças novas daquela altura, entre elas, a D. Arminda Jorge e a D. Isilda Martins, contaram-me que acartaram muita terra em cestas, dos castanheiros das Almas para a parte nova, fazendo fila, tipo formigas (passando as cestas umas às outras), ao qual chamavam acartar às formigas.
Eram dias cansativos, mas havia sempre tempo para as risotas, quando uma delas dizia uma piada.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

As bonecas

Nesta foto estão 2 "bonecas":
Fernanda Pires e Isilda Martins (minha mãe e minha avó), foto tirada em 1963

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A “piscina”.

Em conversa com o Casimiro Vicente (Presidente da Junta), fiquei a saber, porquê que as mesas e o castanheiro foram retirados, o ano passado e que tanto jeito faziam a quem frequentava a “piscina”.
Uma Cadafazense, pediu à Junta um terreno para fazer umas alminhas, (ao que parece um bonito projecto), foi cedido essa parte de terreno, para esse efeito. Mas, até à data, não foi iniciado o tal projecto.
Por terem retirado as mesas e os bancos, os acompanhantes das crianças que frequentam a “piscina”, não tinham onde se sentarem.
A pedido de várias pessoas (eu sou uma delas), a Junta de Freguesia colocou uma mesa com bancos, no mês de Agosto. Algumas crianças aproveitaram para passarem um dia à beira da “piscina”, levando o seu farnel para fazerem um piquenique.
Os utilizadores do espaço muito agradecem e esperam que para o próximo verão o local já esteja devidamente arranjado.

Vista da mesa e da cabine

sábado, 24 de outubro de 2009

Mudança de hora

Esta noite vai mudar a hora, vamos entrar na Hora de Inverno, que se vai manter até ao dia 28 de Março de 2010.
Não se esqueça de atrasar o seu relógio em 60 minutos.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Prospecto da festa do Cadafaz em 1977

Este é um dos vários prospectos que tenho sobre as festas do Cadafaz. Clique no prospecto para ampliar.

Prospecto de Mário Neves

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Moagem do milho há 60 anos atrás.

O Cadafaz, teve 2 ou 3 moinhos que funcionavam só no inverno, quando havia água que chegasse para fazer rodar a mó. Esses moinhos estavam localizados no For-da-Corga, no Porto Maceira, há 70 anos atrás também havia um no Moinho do Meio.
Quando não havia água, os Cadafazenses tinham de ir moer à Ponte da Sandinha, iam em grupo, ao final do dia e passavam lá a noite até o milho estar moído. No inverno, levavam lenha para se aquecerem.
Com a pele da cabra curtida, faziam um fole para levarem o milho. Se por acaso o fole rebenta-se o milho espalhava-se e muitas vezes deixavam lá ficar algum, porque já não tinham sítio para o colocar.
Esta história foi-me contada pela D. Arminda Jorge e D. Isilda Martins.

domingo, 18 de outubro de 2009

Olhares XIII

Olhares do Outono:

Cachos de uvas

O tortulho

Os ouriços

Os figos, foto de Armindo Neves

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Foto da inauguração da luz eléctrica

A luz eléctrica foi inaugurada no Cadafaz em Março de 1965. Fica aqui uma foto desse dia.
As pessoas que reconheço e que estão em primeiro plano são os Srs. Guilherme Simões Alves e o Tenente-coronel Américo Alves Martins, atrás deles acho que é Francelina Lopes e a seguir a mulher do Manuel Ferreira (não me recordo do nome). Penso também reconhecer do lado esquerdo do poste que está +/- a meio da foto: Serafim Martins, Lurdes Henriques (minha tia) e Maria do Céu Ferreira e entre as 2 à frente, José Joaquim. A criança com colete é o Jorge Videira Henriques.
Se alguém reconher outras pessoas, agradeço que me diga.


Foto de Mário Neves

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Afinal Cadafaz, Vive – Homenagem ao Regionalismo e Festas Religiosas.
Há vários anos que não se verificava tanto movimento nesta povoação, os largos e ruas foram insuficientes para os automóveis dos conterrâneos visitantes e individualidades que deram o contributo da sua presença, entre nós.
Será o alvorecer de um novo recomeço da vida, em Cadafaz? Será apenas uma despedida engalanada com pompa e circunstância? Ou uma forma muito expansiva de se mostrar que a nossa povoação ainda existe quando as suas entidades representativas querem… ficaremos com a convicção de que seja esta última versão e, aqui apenas será de lamentar que tenham decorrido anos em que a dormência foi quase completa (pelo menos várias situações, e algumas seriam urgentes).
Mas há que pensar em frente e, presentemente, é de elogiar a muito justa e merecida homenagem, realizada no dia 2 de Agosto, promovida pela Junta de Freguesia de Cadafaz, aos pioneiros do Regionalismo desta freguesia.
Felizmente que chegou a altura dos seus empreendedores serem recordados na sede de freguesia numa cerimónia muito significativa para todos nós, é certo que, foram muitos, e muitos mais foram os que, como “obreiros” modestos e incógnitos não se destacavam era a esses que competia a azáfama dos piqueniques, excursões, peditórios, cobrança de quotas, etc. Mas confiamos que no silêncio também estes tenham sido recordados.
Quanto ao monumento erigido em sua homenagem foi, sem dúvida, bem idealizado, tendo como base de frente o antigo chafariz melhoramento este feito pela liga de Melhoramentos da Freguesia do Cadafaz em 1935, cujas iniciais e data se mantinham gravadas (aliás já em tempo me tinha referido num artigo à cerca deste pedaço de história que se encontrava em local pouco digno já há algumas décadas). Para quem ainda se recorda, é muito agradável vê-lo de novo no mesmo local e mais valorizado continuando a perdurar a memória e respeito pelos antigos percursores e a partir de agora também fará parte a actual Junta de Freguesia.
No mesmo dia também foi inaugurada uma carrinha e um novo imóvel (garagem), feito este que nos satisfaz não só por ser mais um bem em prol da comunidade como também por ficarmos mais tranquilos quanto à continuidade da nossa Casa de Convívio. A partir do presente esqueceremos as tristes ideias anteriormente idealizadas (2007) pela Junta e Assembleia de Freg. na sua desactivação para garagem o que mesmo com carpete era ridículo… julgo pois que todos nos gratulamos com a nova opção das mesmas entidades, continuando com a nova opção das mesmas entidades, continuando a beneficiar do imóvel com o devido respeito por todos os que contribuíram para a sua concretização de modo a ser útil a toda a comunidade.
Mas, continua a ser preciso mais. As janelas continuam sem vidros e até sem caixilhos, segundo informação idónea terá a Câmara prometido fazer o trabalho nas sua carpintaria o que até ao momento ainda não se efectuou.
Muito trabalho? Muito Pessoal? Muito esquecimento para uma obra tão insignificante mas que não dignifica as entidades que utilizam a referida sala.
Festa Religiosa: realizou-se, no dia 9 de Agosto, a festa religiosa em louvor de Nossa Senhora das Neves orago desta freguesia desde o séc. XVI, cerimónia esta celebrada pelo Sr. Pároco da Freguesia, tendo grande assistência e acompanhamento no percurso da procissão na qual foram incorporados os andores com todas as imagens da Igreja, o que já há anos não acontecia. Foi muito bonito recordar as cerimónias de antigamente onde a beleza das imagens e o requintado enfeite dos andores era digno de respeito e admiração. Seguiu-se o leilão das fogaças e os restantes festejos, este já com inicio no dia 7 e 8.
Estão de parabéns a organização pela exemplar orientação e programação.
Mas…continuaram a faltar actividades para os jovens de visita e este ano veio imensa juventude, foi pena não se ter pensado neles, porque só bebida e música é pouco e nocivo. Havia antigamente jogos que ainda hoje se praticam em algumas aldeias como o chinquilho, a malha, corrida de sacos etc. Tudo dava para distrair os presentes. E, agora recordando uma promessa iniciada há alguns anos atrás para a qual até foi feito peditório. Não será altura de se acabar o Campo da Bola? Pensando neles?
Cadafaz, Agosto 2009
in O varzeense, 15 de Setembro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alminhas da Horta Cancela (Parte 3)

As alminhas situadas na estrada antiga na Horta Cancela, quase a chegar à Boiça, estão colocadas na parede de uma propriedade, na parte de cima do lado direito está gravado 1825, talvez esta seja uma das mais antigas.

Clique nas fotos para ampliar

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Eleições autárquicas 2009

Assembleia de Freguesia de Cadafaz
PPD/PSD -
66,32% - 128 votos - 5 madatos
PS - 32,12% - 62 votos - 2 mandatos
PCP-PEV - 0% - 0 votos - 0 mandatos
EM BRANCO - 0.52% - 1 votos
NULOS - 1.04% - 2 votos
Votantes: 193
Inscritos: 269
Casimiro Alves Vicente – PSD
António Carlos Duarte Barata – PSD
José Martins Alves – PS
Armindo dos Anjos Neves – PSD
Mário Almeida Nunes – PSD
Jorge Manuel Nunes Alves – PS
Luís Miguel Nunes Martins – PSD

Câmara Municipal de Góis
PS -
51,45% - 1.583 votos - 3 mandatos
PPD/PSD - 43,55% - 1.340 votos - 2 mandatos
PCP-PEV - 1,1% - 34 votos - 0 mandatos
EM BRANCO - 2.34% - 72 votos
NULOS - 1.56% - 48 votos

Presidente da Câmara de Góis
Maria de Lurdes de Oliveira Castanheira – PS

Presidentes das Juntas de Freguesias do concelho de Góis
Presidente da Junta de Freguesia de Alvares - Vítor de Jesus Marques – PS
Presidente da Junta de Freguesia de Cadafaz - Casimiro Alves Vicente – PSD
Presidente da Junta de Freguesia de Colmeal - Carlos Conceição de Jesus – PS
Presidente da Junta de Freguesia de Góis - Alberto Jorge Alves dos Reis – PS
Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira - António José Madeira Gouveia – PSD
in http http://goisvive.blogspot.com

sábado, 10 de outubro de 2009

União Recreativa do Cadafaz - 1966 – 1969

A União vai reforçando o seu papel aglutinador de boas vontades, conseguindo alargar a sua implantação junto dos cadafazenses, mercê da capacidade de realização demonstrada.
O jovem engenheiro Armindo Simões Nunes, que se destacara como Secretário da Assembleia Geral, vem a ser eleito presidente da direcção, dando continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido.
Foi por ele elaborado e oferecido à colectividade o projecto da Casa de Recreio, obra que vai ser posta a Concurso Público em Janeiro de 1967. O custo dos trabalhos, ultrapassa largamento as capacidades financeiras da União e a obra é protelada no tempo.
É ainda a União que dinamiza a constituição de uma Comissão para a Campanha de Restauração da Capela de Stº António.
Em Junho de 1967 o vice-presidente Bladmiro da Cruz Carneiro, pede a demissão em resultado da sua imigração para os Estados Unidos da América, a colectividade vai perder o contributo de um grande entusiasta, que mesmo longe vai enviar roupas para distribuir pela gente mais necessitada de Cadafaz.
A realização anual do piquenique em Lisboa, levou a direcção a proceder à compra de uma Aparelhagem Sonora, evitando os custos de aluguer.
Para evitar as caminhadas ao rio e procurando tirar partido das novas possibilidades criadas com a inauguração da electricidade, tem início o processo de construção de um moínho eléctrico em Cadafaz.
Os objectivos vão sendo alcançados, a colectividade consegue realizar em curto período de tempo, uma obra importante para as populações locais e atinge prestígio no seio do movimento regionalista. No entanto todo este trabalho é mercado com muitas reuniões, deslocações, tempo retirado ao ambiente familiar, com custos financeiros significativos para os directores e o que é pior com incompreensões e críticas perfeitamente desajustadas. Depois de 4 anos à frente dos destinos da União o Engº Armindo Simões Nunes decide retirar-se.
União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Excursão a Vila Verde - Braga

O Rancho Folclorico vai organizar uma excursão a Vila Verde – Braga, no próximo dia 18 de Outubro.
Fica aqui o prospecto. Se puder ir inscreva-se.
Clique na imagem para ampliar

terça-feira, 6 de outubro de 2009

As vindimas

Setembro também é o mês das vindimas. Este ano, o meu filho ficou a saber como é que elas são feitas. Ele ajudou a minha mãe a vindimar, a pisar as uvas à moda antiga, que era com os pés.
Para quem não sabe fica aqui um pequeno apanhado:
As uvas depois de cortadas eram acartadas à cabeça em cestas, ou então em carros de bois. Quando a dorna estava cheia as pessoas entravam para dentro descalças e pisavam as uvas. Mais tarde apareceram os esmagadores de uva.

Esmagador de uvas

Uma dorna

Depois de pisadas fica o sumo e o cardaço na dorna durante 5 a 6 dias para ferver até se tornar vinho, nessa altura prova-se o vinho doce. Durante esses dias é preciso mexer de manhã e à noite com um calcador.
É costume colocar açúcar amarelo ou mascavado que tanto se por colocar no cardaço como no pipo.


O mexer do cardaço

Calcador de uvas

Quando o cardaço desce e o vinho sobe, indica que o vinho já está cozido, nessa altura coloca-se o vinho nos pipos. Convém deixar o pipo aberto durante 2 dias, porque o vinho está ainda a ferver. Depois disso tapa-se e já se pode beber, mas com moderação!

domingo, 4 de outubro de 2009

O Rancho festeja mais um aniversário.

Hoje o Rancho Folclórico Danças e Cantares da Freguesia do Cadafaz – Góis faz anos. Festeja 72 anos, muitos parabéns e que continue a mostrar as tradições da Freguesia do Cadafaz por muitos anos.
Fica aqui a sua história:
Fundado a 4 de Outubro de 1937, pela mão da saudosa D. Maria Amélia Conceição Afonso Neves Nunes da povoação do Tarrastal, uma das oito habitáveis que constituem a dita freguesia.
O Rancho sempre teve como objectivo defender e divulgar o folclore da sua freguesia, tendo sido nos anos oitenta continuado o trabalho de recolha, não só de danças e cantares, como de usos costumes sociais, trajes populares tradicionais e religiosos.
Para além dos trajes de noivo/noiva, de " vêr a DEUS" e de trabalho, o rancho apresenta as diversas actividades que ao longo dos tempos marcaram um todo na vivência serrana da nossa freguesia, fundada eclesiasticamente nos finais da Idade Média, 16 de Novembro de 1560, pelo então Bispo de Coimbra, D. João Soares.
Desde a sua fundação, o rancho tem participado em festivais a nível Nacional, festas e romarias, editou os seus cantares em cassete em 1985 e 1994, estando para 2010 a edição de um CD. Participou também no programa televisivo "Praça da Alegria" e no Portugal Português. Organiza anualmente o seu festival de folclore, bem como encontro de tocadores de concertina, guitarra e harmónio, aquando das festas da sua Padroeira NOSSA SENHORA DAS NEVES em 5 de Agosto.
in Cadafaz Rancho Folclórico.hi5
Faço uma pequena homenagem a 2 senhoras, penso que eram as mais "jovens", que fizeram parte do rancho aquando da sua reactivação em 1982.
A Ti Lucinda Gaspar e a Ti Prazeres Vidal, foto de Albertino Vicente

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Resultado das eleições legislativas na Freguesia de Cadafaz

PPD/PSD 47,65% (81 votos)
PS 37,65% (64 votos)
B.E. 6,47% (11 votos)
CDS-PP 2,94% (5 votos)
PCP-PEV 1,18% (2 votos)
PCTP/MRPP 0,59% (1 voto)
PPM 0,59% (1 voto)
POUS 0%0
PTP 0%0
MEP 0%0
MPT-PH 0%0
MMS 0%0
PNR 0%0
in Jornal de Arganil, de 1/10/2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

As descapeladas, debulhadas e a secagem do milho.

O mês de Setembro é o mês da apanha das espigas de milho, das descapeladas, das debulhadas e da secagem, hoje poucas pessoas no Cadafaz o cultivam. Mas antigamente era altura de convívio ao serão, onde a aldeia juntava-se, um dia em casa de uma pessoa, no dia seguinte noutra casa, etc.

Espigas ainda verdes

Espigas já secas

Para os mais jovens era uma festa, porque no fim do serão, os donos ofereciam figos, broa, aguardente e jeropiga, para quem quisesse comer e beber. Quando alguém encontrava uma espiga vermelha era tradição dar um abraço, os namorados aproveitavam essas alturas para dar o tão ansioso abraço.
Antigamente as espigas eram “malhadas” com um pau, para soltarem os grãos de milho, mas também havia quem tinha uma debulhadora. Esta máquina fazia o trabalho mais rápido e menos cansativo para as pessoas.

Uma debulhadora

O milho era depois estendido na Eira, do amanhecer até ao anoitecer, para secar. No fim do dia era erguido para o limpar, isto durante uns dias.
Com o milho já seco era colocado em arcas onde era guardado até ser utilizado para o consumo dos animais e para a moagem da farinha, para fazer o pão e a broa.


O milho estendido na eira da Boiça, foto de Cila Nunes

O erguer do milho, foto de Cila Nunes

O recolher do milho, foto de Cila Nunes