quinta-feira, 30 de julho de 2009

A procissão

Durante vários anos, levei o andor da Nossa Senhora da Guia, na procissão que se faz pela festa. Nessa altura, todos os Santos que estão na Igreja saem num andor, alguns são bem pesados e o trajecto ainda é comprido. A procissão sai da Igreja, sobe a rua que passa na Torre do Relógio e desce até à Volta-do-Carro, aí vira à esquerda para a rua que segue para o Adro e continua até ao Largo de Santo António, voltando para trás até à Igreja. Na maior parte dos anos havia sempre uma banda filarmónica a acompanhar.

Andor de Nª Srª da Guia, Procissão de 1988

Em primeiro plano da esquerda para a direita: Eu e a Regina Alves
Na parte de traz: Geni (minha irmã) e mais atrás Sr. Silvino Neves

terça-feira, 28 de julho de 2009

Festas do Cadafaz, 7, 8, 9 e 10 de Agosto de 2009

Este ano, as festas em honra de Nossa Senhora das Neves, em Cadafaz, vão decorrer nos dias 7, 8, 9 e 10 de Agosto, o programa das festas é o seguinte:

(clique para ampliar)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Festa ao regionalismo em Cadafaz

Coloco aqui o programa, da festa de homenagem e gratidão ao regionalismo da freguesia do Cadafaz, que se irá realizar dia 2 de Agosto (basta carregar na imagem para ampliar):

Os anjinhos

Mais uma foto muito engraçada, que me foi enviada pela Cila, como ela diz eram uns LINDOS ANJINHOS, pela festa era costume vestirem os meninos desta maneira, apreciem:
Foto de Cila Nunes

Em cima da esquerda para a direita temos: Conceição Gomes, Leonor, Elvira.
Fila mais abaixo da esquerda para a direita: Deolinda Neves, Cila Nunes; Olinda Tomás (minha prima), Amélia Lopes (da Ti Etelvina).
Em baixo da esquerda para a direita: Casimiro Vicente e Amílcar.

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Tenho lido alguns artigos onde encontro mencionado o nome de Manoel Baeta Afonso Neves, natural da povoação de Corterredor desta freguesia, Comendador de uma das Ordens Portuguesas e depois Barão de Louredo no Brasil onde faleceu. Foi este homem ilustre, um grande benemérito não só da freguesia onde nasceu como da sede do concelho Góis e Vila da Pampilhosa da Serra, soube reconhecer as dificuldades existentes nas aldeias nessa época pelo que mandou executar várias obras, além de grandes contribuições monetárias para outras. No entanto verifica-se que muito pouco tem sido o reconhecimento. Nada se encontra na sede de freguesia em Cadafaz que o recorde e na sua Aldeia apenas uma pequena placa, o que parece um pouco insignificante para pessoa de tanto valor. Também na vila de Góis ainda não encontrei algo de reconhecimento. Julgo pois que embora tardia, a colocação de um busto pelo menos na povoação onde nasceu seria bem merecida.
Aliás decerto ainda terá ramos familiares na mesma que saberão descrever e salientar a sua grande generosidade. Mas a minha surpresa foi maior quando há pouco tempo deparei com duas placas com o seu nome (título) no centro histórico da vila de Pampilhosa da Serra em cujo Largo se encontra um Fontenário muito bem conservado com a seguinte descrição: oferecido ao Município por Manuel Lourenço Baeta Neves – 1863 Pampilhosa da Serra.
Fiquei sensibilizada ao notar o reconhecimento deste Concelho a quem o beneficiou. Oxalá outros lhe sigam o exemplo.
Pelo que tenho conhecimento estas são algumas das suas obras ou ajudas:
Em Cadafaz, a Ponte de ligação entre Cadafaz e Cabreira uma autentica obra de arte alvenaria em pedra, cuja legenda gravada na pedra ainda se pode ler: Manoel Lourenço Baeta das Neves, filho, legítimo de Joaquim Baeta Neves e de Maria Affonso Manoel do Corterredor, mandou fazer esta ponte em 1856/1857, para cómodo dos povos”. Duas pontes em Corterredor também em pedra. Donativos para restauro das capelas de Nossa Srª da Conceição em Corterredor e Santa luzia nas Relvas. Oferta de Lustres, Orgão e grande donativo para obras de reconstrução na igreja de Cadafaz, inclusivamente do relógio de pesos que se encontra na torre em Cadafaz vindo do Corterredor (seg. art. de L.N.Rosa). Construção de uma capela em Alvém e dedicada a Nª Srª do Amparo em 1864, (parece que já se encontra outra no cimo da aldeia inaug. Em 1937). Também a Igreja Matriz de Góis foi beneficiada com donativos para restauro da mesma e oferta de lustre (neste caso pediu para que lhe fossem gravadas as suas iniciais B.N. por cima do púlpito, ao mesmo se deve a construção do Chafariz existente no Largo de Pombal, onde teria havido um muito antigo e majestoso.
Mas a povoação de Cadafaz também deve outros reconhecimentos como por exemplo, a José Domingos A. Baeta, a quem se deve a construção da antiga escola primária cuja data e iniciais se observam na verga da porta em ferro forjado J.D.A.B. 1922 – sendo hoje este imóvel pertença da União Recreativa de Cadafaz, além desta obra contribuiu com donativo para o Posto médico da Cabreira desta freguesia e de respectivo material cirúrgico.
Como se pode verificar o tempo passou e as obras embora desactivadas ficaram a perpetuar a memória de quem tão gentilmente as ofereceu e ajudou.
Claro que era decerto um trabalho muito moroso a descrição de muitos mais que de uma maneira ou de outra fizeram algo por estas povoações, no entanto seria um trabalho muito significativo e nunca seria tempo perdido, saber quem e como se fez. Haverá quem possa dar algumas informações?

NOTÍCIAS DO QUOTIDIANO EM CADAFAZ - Celebrou-se nesta Povoação, como habitualmente, a festa do Corpo de Deus com missa e procissão onde não faltou a organização de algumas senhoras nas execução da passadeira, com flores e verdura. Estava linda.
Também dia 14 de Junho a missa em louvor de Stº António teve lugar na sua capela, em seguida o renhido leilão como é habitual. Mais uma vez recordo o restauro das gravuras do tecto e do retábulo em talha, que vão ficando cada vez mais degradados.
Por último a Junta de Freguesia está a proceder a uma bem executada limpeza em redor da povoação; é pena que seja um serviço inconclusivo porque as ervas parecem renascer mais fortes. Mas, é sinal de vida da Natureza.
in Jornal de Arganil, de 23 de Julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

Histórias de cadafazenses no tempo do volfrâmio

Ao ler o livro Góis, tempo de Volfrâmio, entre Memória e História, encontrei 3 histórias sobre cadafazenses, que foram escritas pelo Sr. Tenente-coronel Américo Alves Martins.
A primeira história que vou transcrever hoje começa por falar sobre a minha Tia Teresa, que era tia da minha avó materna e que a criou, porque quando a minha bisavó morreu, a minha avó tinha poucos anos de vida. Era também tia do primo Américo (como sempre o chamamos na minha família) visto a minha avó ser prima direita do Ti Zé Tereso, pai dele.
Nos próximos dois fins-de-semana colocarei as outras histórias.


Acto 11
(três pequenas histórias)
A peça termina com a leitura de três trechos, escritos* por um grande amigo nosso, da galeria dos cronistas do nosso concelho, onde se incluem Augusto Nogueira (Gustavo), Armando Gualter Nogueira (O Velho Goeinse,) Aristides Lopes, Lopes Machado. Com uma escrita fluida e agradável, respeitado por todos, nunca querendo pôr-se em bicos dos pés, não abordando temas que não conhecesse ou não estudasse, soube tratar com elegância os problemas da nossa terra. Em jovem, também ele andou pelo minério, lá para os lados da sua aldeia.
Sua graça, Tenente-coronel Américo Alves Martins.

* Publicados no Jornal de Arganil, de 9 e 16 de Maio de 1985, na série “O Concelho de Góis e o seu sub-solo. Que futuro?”

A GNR e os comunistas à solta

Era Domingo e a minha tia Maria Teresa chegava ao Cadafaz, vinda de Góis, onde fora, como era rosário da sua vida penosa, buscar a bacia das sardinhas para vender à sua fraca e pobre freguesia. Mas trazia, alvoraçada, a notícia.
- Na Ponte Cabreira, anda lá muita gente no rio. Dizem que aparecem lá muitas pedras de volfrâmio e de ouro.
Era, na verdade, notícia, em primeira mão, no Cadafaz. Como consequência, lá fui eu mais ela, de repente, a caminho da Ponte – Cabreira. Um sacho e uma bacia, era o material “necessário”. O sacho para escavar os fundos e encher de areia, lama, cascalho e pedras, a bacia. Esta para a lavagem e apuramento do minério.
Realmente, ali chegados, deparou-se-nos espectáculo grandioso. O leite do rio, desde o açude até ao poço que fica por debaixo da ponte, era um enxame de gente.
Avançámos, um pouco temerosos. Éramos os primeiros “invasores” idos de Cadafaz. Mas a entrada foi triunfal. A minha tia, já um pouco pesada e pouco segura, em pleno rio, desequilibra-se e estende-se ao comprido para dentro das águas. Gargalhadas estrondosas atroaram pela penedia da encosta.
Depois, tudo passou e o remexer do leito do rio, em exploração afincada e constante, iria prolongar-se pelo tempo além.
Intitulava-se dono do registo (alvará?) daquela área (não sou eu que ponho em dúvida a legalidade dessa posição, mas o facto é que paira ainda hoje uma certa incerteza por parte de algumas pessoas), um grupo de senhores que o respeito pela sua memória me inibe de citar. Para que não houvesse fuga de minério para a candonga, que era forte e constante, foi por eles foi contratada a presença da G.N.R., que ali permanecia em diligência. O “escritório” dessa empresa exploradora foi montado no lagar que ali existe. É chamado o Lagar do Povo, pertence à Igreja e ainda hoje funciona bem (não é Zé da Rita?).
Hoje poder-se-ia perguntar, à distância de tanto tempo, quem autorizou e que proventos se retiraram da “ocupação” do lagar para serventia daquela sociedade mineira? Mas a grande verdade é que o leito do rio fornecia volfrâmio em grandes quantidades e ouro (a olho nu) em quantidades menores.
Ora, em certo dia, apareceu uma pedra com elevado peso de ouro. Maciça, bonita. Um tesouro. Esta descoberta deu origem a um facto que “feriu” e “marcou” algumas pessoas, felizmente ainda hoje delas poderão reviver a triste recordação do evento. Relembremo-lo: os senhores ditos donos do registo exigiam que essa pedra lhes fosse prontamente entregue. A tal pretensão reagiu o grupo achador que se sentiu no direito de a negociar como devia ser e colher assim os dividendos do valor excepcional daquela pedra.
Os ânimos aqueceram. Toda aquela multidão se mostrou activa.
Esta situação foi um embrião para acontecimentos graves, que, dias depois, atingiram o seu apogeu. Isto porque toda aquela gente se foi convencendo de que a “sociedade”, que se dizia senhora do leite do rio, não teria base legal não só para se tornar credível, como ainda, e principalmente, para impor exigências julgadas excessivas e injustificáveis.
Com consequência, ressurgiu a decisão de não se lhe entregar (ou vender) mais minério. Criou-se, desta forma, um contencioso gravíssimo, para cuja solução aquela “sociedade” recorreu ao poder das armas, consubstanciado numa numerosa força da G.N.R., chamada de urgência, sob o comando de um oficial, que ali apareceu em aparato bélico, que logo aterrorizou toda a gente.
As forças foram dispostas nos pontos estratégicos da zona circundante e cortados todos os caminhos e entradas que dali irradiavam. Foi dada ordem de prisão aos que foram logo ali considerados como cabecilhas, do que também foi considerado uma rebelião, os quais, logo apodados de comunistas, prontamente foram levados para a Cabreira e daqui para Góis, sendo escoltados pelas espingardas da G.N.R.
Em Góis, estes “comunistas” foram sujeitos às mais terríveis pressões e a atmosfera que reinava era verdadeiramente escaldante.
Ao fim de algumas horas angustiantes, chegou de Lisboa, pela voz de Guilherme de Almeida, funcionário da então Assembleia Nacional e da Presidência do Conselho, a directiva a tomar. Esta foi devidamente dialogada com o presidente da Câmara Municipal de Góis, Engº Álvaro Dias Nogueira, acabando por ser encontrado o maior e melhor consenso. Só depois eles conseguiram regressar às suas casas, onde a família inteira e a população em geral os aguardava com ansiedade e recebeu com todo o carinho.

- Nogueira Ramos, João, «O palco da vida, Acto 11 (três pequenas histórias)» in Góis, tempo de volfrâmio, Entre Memória e História, 1ª edição – Junho de 2007, pp 124-126.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Os animais

Hoje no Cadafaz, já só existe um rebanho de cabras, mas noutros tempos todos tinham um rebanho de cabras ou de ovelhas. Das cabras tirava-se o leite para fazer queijo, das ovelhas era a lã.
A minha mãe conta, que a minha avó, quando nascia uma cordeira, lhe dava uma para quando fosse a altura da tosquia ela comprar o que quisesse com o dinheiro da lã. Com esse dinheiro a minha mãe costumava comprar tecido para mandar fazer um vestido.
Também havia quem tivesse bois, nessa altura ainda eram várias pessoas, tais como o Ti João, o Ti Manel Sequeira, Os Moreiras, os pais da Ti Zulmira do Jorge, os Simões e o Ti Zé Jaquim.O Ti Casimiro Gaspar, também tinha um cavalo.

Foto de uma carroça de bois, se não me engano pertencia ao Ti João.

O meu irmão com um amigo francês, na Volta-do-Carro, em Agosto de 1979

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fotos já colocadas

Coloco novamente estas 2 fotos. A primeira porque está em melhor estado daquela que já tinha colocado, a seguna porque não ampliava.
Foto de Cila Nunes, tirada no Jardim da Capela de Santo António, em Junho de 1964


Esta segunda foto, já foi colocada em 19 de Junho, mas como ela não ampliava ao carregar nela, eu achava que ela merecia ser destacada, porque os da minha idade e os mais novos, não se lembram ou não conheceram o Cadafaz dessa altura.

Foto de Virgílio Lopes, tirada da Boiça em Abril de 1971

Fotos Antigas

Estas fotos foram-me enviadas pelo Sr. Virgílio Lopes, e demonstram que naquela altura a União Recreativa do Cadafaz estava em "força".

Mª Amélia e Virgílio Lopes, Portinho da Arrábida, Junho de 1974, foto de Virgílio Lopes

Piquenique em Monsanto, em 1974, foto de Virgílio Lopes

Em pé da esquerda p/a direita: Armindo Alves, Cidália Nunes, Cristina Batista, Casal Jorge Henriques, Leonel (Xabregas)
Em baixo da esquerda para a direita: Daniel Martins (Camelo), Albino, Luís Martins (Camelo), Amílcar, Celeste ( filha do José Joaquim),To Zé Batista, Rui Pina, Mª Amélia Lopes, Jorge Vidal (?), Luciano Martins (filho do Ti Aníbal ), ? , Carlos Martins, Filho do Sr. Silvino, Fátima Neves e Cila Nunes.
Dentro do autocarro com um bébé ao colo: Elvira (?)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Alminha das Almas

Nas minhas pesquisas sobre o Cadafaz, encontrei no Blogóis o artigo em que o Sr. Luciano Nunes dos Reis escreveu sobre as Alminhas em Cadafaz.
Vou aproveitar para colocar o texto que o Sr. Luciano escreveu, nas fotografias que tirei às alminhas.
Já coloquei a foto da Alminha das Almas fica agora o texto:

Situada nas Almas de seu nome, a caminho do cemitério, mandadas construir pela família de Manuel Nunes Alves, mas foram demolidas quando da construção da estrada de ligação a Cadafaz, mudadas para o local onde se encontram actualmente.
Luciano Nunes dos Reis
in O Varzense, de 15/05/2007, e in http://goisvive.blogspot.com de 27/05/2007

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Iluminação de antigamente

A luz eléctrica foi colocada no Cadafaz, pelo o que me foi dito em Março de 1965. Antes de haver luz eléctrica, as pessoas alumiavam-se com as candeias de azeite, os candeeiros de petróleo, os “filhos da puta” e lanternas.
Vários tipos de candeeiros:
Candeeiro a petroleo

"Filho da puta"

Lanterna a petroleo

Candeeiro a petroleo

Candeia a azeite

Lanterna a petroleo

Candeeiro muito velhinho

domingo, 19 de julho de 2009

Os Bonecos

Os cadafazenses, são também conhecidos por bonecos, devido aos bonecos das castanhas. Não sei como é que começamos a ser conhecidos por esse nome, mas deduzo que seja por haver muitos castanheiros na zona da aldeia.
Com este post começo aqui a colocar fotos dos bonecos. Não podia deixar de começar pela minha família.

Isilda Martins, minha avó materna, foto tirada no ano de 1906/7.


Fernanda, minha mãe. Foto tirada em Julho de 2009

Em pé da esquerda para a direita: José Augusto, meu pai, Fernando e Lurdes Ferreira, meus tios, Ti Isilda, minha avó. Sentados da esquerda para a direita: eu, Fernando, Eugénia, meus irmãos. Foto tirada em 1979.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Alterações nos castanheiros do Covão

Ultimamente, os terrenos dos castanheiros do Covão têm sidos alterados, porque será aqui efectuado o almoço, organizado pela junta de Freguesia, que se irá realizar no dia 2 de Agosto.
Ficam aqui algumas fotos da preparação do terreno:




quinta-feira, 16 de julho de 2009

Anuário Comercial de Goes de 1910

Transcrevo aqui um post colocado pelo blog Museu do Esporão, onde fala sobre o Concelho de Góis, no início do ano de 1910, achei muito interessante e que vale a pena espreitar:

Por nos parecer bastante interessante para todo o Concelho, aqui transcrevemos o que referia sobre o nosso Concelho o último "Anuário Comercial" publicado no Reino de Portugal, nos primeiros meses de 1910, ainda Portugal era uma Monarquia:
Para alguns esta nossa iniciativa não terá nenhum interesse, mas para outros, esperemos que muitos, dará um certo prazer encontrar aqui uma referência a um avô, a um bisavô, ou a mais que um, ou mesmo apenas a um parente ou a alguém que se conhece ou de que já se ouviu falar.Esta é também uma das "missões" do nosso modesto "Museu do Esporão", e não iremos ficar por aqui.
(Mantivemos a caligrafia antiga do documento, mesmo assim não estamos isentos de nos termos enganado uma ou outra vez, dada a extensão da transcrição, contamos com quem nos lê para apontar esses possíveis lapsos, para posterior emenda)


GOES, 1910

Administrador do Concelho:
Dr.José Ventura da Camara.
Administração do Concelho-
Secretário: Virgilio Duarte Nogueira.
Amanuense: Manoel Thomé.
Official de Diligências: Antonio Nogueira Soares.
Advogado:
Mário Fernandes de Nogueira Ramos.
Agências Bancárias:
Dias Nogueira & Cª
Banco Commercial de Lisboa e Banco Commercial do Porto:Joaquim Gomes Ferreira.
Credit-Franco-Portuguez e Nacional Ultramarino: Joaquim Paulo da Silva Poiares.
Seguros:
Equidade: Virgilio Duarte Nogueira.
Portugal: Avelino Rodrigues Dias.
Sociedade Portugueza: Francisco de Campos Nogueira.
Internacional: Joaquim Gomes Ferreira.
Joaquim Paulo da Silva Poiares.
Aguardente(Produtores de):
André Barreto Chichorro.
Ernesto Rodrigues dos Santos.
Francisco Ferraz Tavares de Pontes.
Manoel Nogueira Ramos.
Alfaiates:
Alvaro Nogueira de Figueiredo.
António Nogueira Soares.
José de Almeida Alves Melão.
José Bento dos Reis.
Alquilaria(aluguer de trens ou bestas):
Francisco Pereira Serrano.
Azeite(Produtores de):
André Barreto Chichorro.
António das Neves Santos.
Ernesto Rodrigues dos Santos.
Joaquim Paulo da Silva Poiares.
Manoel Ignacio Dias(Herdeiros de)
Manoel Nogueira Ramos.
Barbeiros:
Abílio Martins Adão.
Achiles Gonçalves da Cunha.
Augusto Simões Ferreira.
Carlos Fernandes Costa.
Sala de Bilhar:
Francisco José Gonçalves(viúva de)
Camara Municipal:
Secretário: Aristides Martins Adão.
Amanuense: Fernando José Ferreira.
Thesoureiro: Manoel Martins Nogueira.
Zelador: Francisco Thomé.
Aferidor: António da Gama.
Carpinteiros:
André Rodrigues Sahil.
António Fernandes Costa.
António Jorge Rosa.
Avelino Jorge Rosa.
Manoel Jorge Rosa.
Manoel Jorge Rosa Junior.
Manoel Pires das Neves.
Companhia de Papel de Goes:
Directores:
Alfredo Eli Nogueira Dias.
Anibal Dias.
Francisco Ignácio Dias Nogueira.
Correio e Telegrapho:
Chefe: Augusto da Silva Nogueira.
Distribuidor: António M. de Almeida.
Distribuidores Rurais:
Manoel Affonso dos Reis
Manoel de Figueiredo.
Fazendas:
Daniel de Carvalho.
Joaquim Gomes Ferreira.
Joaquim Paulo da Silva Poiares.
Viúva Rodrigues.
Ferragens:
César Dias das Neves.
Claudino Nogueira de Campos.
Hospedarias:
Claudio(será Claudino?) Nogueira de Campos.
Maria das Dores Lopes.
Impostos(Fiscalização dos):
Bento Nunes de Andrade.
Candido da Cruz.
Juizo das Execuções Fiscaes:
Juiz: António Diniz Varella.
Official de Diligencias: Francisco Fernandes da Costa.
Juizo de Paz:
Juiz: Ernesto Rodrigues dos Santos.
Substitutos:
César dias das Neves.
António das Neves Santos.
Escrivão: António da Cunha e Frias.
Official de Diligencias: Francisco Fernandes da Costa.
Latoeiros:
Abilio da Silva Barata.
António Silva Barata.
César Dias das Neves.
José Martins Adão.
Marceneiro:
José Carneiro de Mattos.
Machinas de Costura(Depósito de):
Memoria: Joaquim Gomes Ferreira.
Singer: Claudino Nogueira de Campos.
Médicos:
António de Sousa Saraiva.
Diogo Barata Cortez.
Mercearias:
André Rodrigues Sahil.
Avelino Rodrigues Dias.
Claudino Nogueira de Campos.
Francisco Affonso dos Reis.
Francisco Pires de Carvalho.
Joaquim Paulo da Silva Nogueira.
José Almeida Alves Melão.
José Carneiro de Mattos.
José da Costa Alves Ribeiro.
Maria das Dores Lopes.
Maria da Nazareth Torres
Raul da Silva Nogueira.
Scipião Rodrigues.
Virgilio Duarte Nogueira.
Misericórdia:
Provedor: Ernesto Rodrigues dos Santos.
Secretário: César Dias das Neves.
Thesoureiro: Joaquim Gomes Ferreira.
Capellão: Manoel Simões Barata.
Modas:
Daniel de Carvalho.
Joaquim Gomes Ferreira.
Joaquim Paulo da Silva Poiares.
Viuva Rodrigues.
Notario:
Eduardo da Cunha e Frias.
Padaria:
Scipião Rodrigues Sahil.
Papelarias:
Claudino Nogueira de Campos.
Virgilio Duarte Nogueira.
Papel(Fabrica de):
Companhia de Papel de Goes(Ponte do Sótam).
Parochia:
Parocho: Francisco Pereira Pinto.
Coadjutor: Manoel Simões Barata.
Pharmacias:
António da Cunha Frias.
Ernesto Rodrigues dos Santos.
Professores:
Arthur Diamantino Ferreira Portella.
Emilia das Dôres Barata.
Maria Augusta de Paula.
Proprietários:
André Barreto Chichorro.
Antonino Martins dos Santos Correia(viúva de).
António das Neves Santos.
Commendador António Torres Dias Galvão.
Claudino Nogueira de Campos.
Dr.Diogo Barata Cortez.
Ernesto Rodrigues dos Santos.
Francisco Terras Tavares de Pontes.
Joaquim Paulo da Silva Poiares.
José da Motta Tavares.
Manoel Baeta Neves.
Manoel Ignácio Dias(Herdeiros de).
Manoel Martins Nogueira.
Manoel Nogueira Ramos.
Queijos(fabricante de):
Manoel Nogueira Ramos.
Recebedoria:
Recebedor: Manoel Martins Nogueira.
Proposto: Commendador António Torres Dias Galvão.
Regedoria:
Regedor: António Rodrigues Corrêa.
Secretário: António da Costa Nogueira.
Relogoaria:
Albino Lopes Custodio.
Repartição da Fazenda:
António Diniz Varella.
Segundo-Aspirante: Manoel Ferreira da Silva.
Escrevente-Informador: José Maria Rodrigues.
Sapatarias:
Antonio Rodrigues Corrêa.
António Thomé.
Francisco Affonso dos Reis.
Francisco da Silva Nogueira JuniorJoão d'Oliveira.
José Rodrigues Madeira.
Saude Publica:
Sub-Delegado: Antonio de Sousa Saraiva.
Serralharias:
António Francisco Roda.
Antonio Gonçalves.
José Marques Dias.
Sociedades de Recreio:
Philarmonica Independente e Progressista.
Solas e Cabedaes (Negociantes de):
Cesar Dias das Neves.
Joaquim Paulo da Silva Poiares.
José da Motta Tavares.
Tabacaria:
Joaquim Gomes Ferreira.
Talho:
Manoel Casarão(viúva de).
Vinhos (Productores de):
André Barreto Chichorro.
Ernesto Rodrigues dos Santos.
Francisco Ferraz Tavares de Pontes.
Manoel Nogueira Ramos.
Vinhos (Mercadores de):
André Rodrigues Sahil.
António Barata Correia Junior.
Augusto Henriques (viúva de).
Augusto Simões Ferreira.C
Casimiro Alves Cerdeira.C
Claudino Nogueira de Campos.
João d'Oliveira.
José d'Almeida Alves Melão.
José da Costa Alves Ribeiro.
Maria da Nazareth Torres.
Raul da Silva Nogueira.

Logares mais importantes do Concelho:
Alagoa, Alváres, Alvem, Bordeiro, Cabreira, Cadafáz, Carvalhal Meudo, Colmeal, Cortes, Corterredor, Esporão, Folgosa, Sandinha, Ponte de Sotam, Ribeira e Varzea.


FREGUEZIAS:

ALVÁRES:
S. Matheus
(a 25 K. de Goes e a 65 K. da estação de Coimbra).
Parocho:
Manoel Fernandes das Neves.
Regedor:João das Neves.
Juizo de Paz:
Juiz: José das Neves Diniz.
Escrivão: José Barata de Mendonça.
Correio:
Encarregada: Ermelinda de Jesus Fonseca.
Distribuidor: João António Barata.
Alfaiates:
Joaquim Alves.Manoel Alves.
Barbeiros:
Aurelio Antunes das Neves.
João Cortez Garcia.
José Maria Marques.
Carpinteiros:
Joaquim Simões.
Manoel Barata Lima.
Manoel Ricardo.
Fiacão (Fábrica de):
Manoel Barata Lima & Cª.
Latoeiro:
Manoel Estevam.
Lavradores ou Agricultores:
Adelino Lopes Cortez.
Antonino B. Simões Cortez.
Daniel Baeta de Vasconcellos.
Francisco Rebello da Motta Arnaut.
José Maria Henriques de Mattos.
José Maria Lopes Froes.
Manoel Pedro Lopes Cortez.
Mercearias:
Adrião das Neves Diniz.
António Maria Barata Diniz.
Francisco Baeta.João das Neves.
José Barata de Mendonça.
Padaria:
José Augusto Rebello.
Professores:
Manoel dos Santos Ferreira.
Maria Rosa da Luz.
Rosalina Henriques de Mattos e Cunha.
Sapatarias:
Francisco Thomé Gaspar.
João Victor.Victor Manoel.
Serrelharia:
Manoel Alves.


CADAFAZ:
Nossa Senhora das Neves
( a 15 K. de Goes e a 50 K. da estação de Coimbra).
Parocho:
Antonio Marcellino Henriques dos Santos.
Regedor:
Joaquim José Francisco Alves.
Correio:
Encarregado: José F. Simões.
Distribuidor rural: José A. dos Santos.
Barbeiro:
Manoel Henriques d'Almeida.
Carpinteiros:
Manoel Duarte Neves.
Seraphim Alves Neves.
Commerciantes:
Antonio Simões Folgosa.
Guilherme Alves.
Joaquim Francisco Alves Muro.
José Francisco Simões.
José Maria Nunes.
Lavradores ou Agricultores:
Antonio Simões Folgosa.
José Maria Baeta Neves.
José Rodrigues dos Santos.
Manoel Gonçalves d'Almeida.
Manoel Simões Alves.
Marceneiro:
Manoel Martins Alves.
Pedreiros:
Manoel Rodrigues Bandeira.
Manoel Rodrigues dos Santos.
Sapateiros:
Antonio Joaquim Barata.
Firmino d'Almeida.
José Affonso.


COLMEAL:
S. Sebastião
( a 15 K. de Goes e a 50 K. da estação de Coimbra).
Parocho:
Manoel Alves Ribeiro.
Regedor:
Antonio Braz da Silva.
Correio:
Encarregado: José Francisco Mendes.
Distribuidor rural: José Antão da Costa.
Alfaiates:
Antonio Maria Mendes.
Manoel Marques Barrocas.
Barbeiro:
Antonio d'Almeida Freire.
Carpinteiros:
António da Costa d'Almeida.
Francisco Antunes da Silva.
Lino d'Ascenção.
Commerciantes:
António d'Almeida.
Joaquim Dias Duarte de Almeida.
José Francisco Mendes.
Manoel Braz da Costa.
Lavradores ou Agricultores:
António d'Almeida Freire.
António Braz da Silva.
José Francisco Mendes.
José Nunes de Almeida.
Pedreiro:
Manoel Joaquim d'Oliveira.
Professora:
Júlia dos Santos.
Sapateiros:
Adelino Braz d'Almeida.
Manoel Martins d'Almeida.


VÁRZEA:
S. Pedro
( a 5 K. de Goes e a 35 K. da estação de Coimbra).
Parocho:
Francisco Ferreira de Carvalho Lucas.
Regedor:
Luiz Patricio Dias.
Correio:
Encarregada: Henriqueta Augusta Antunes.
Distribuidor rural: José M. de Carvalho.
Barbeiros:
Antonio de Mattos Cruz.
João Antunes da Fonseca.
Capitalistas:
Barão de Villa Garcia.
Joaquim Marques Monteiro Bastos.
José Travassos.
Carpinteiros:
António Ferreira.
António Hentiques Garcia.
António de Mattos.
António Patricio.
Comerciantes:
Cesar Henriques dos Santos.
José Maria da Costa.
José Patricio Dias.
Luis Ferreira de Carvalho.
Fábrica de Fiação e Tecidos:
José Barata Rodrigues & Cª.
Ferreiros:
José Carvalho.
José Rodrigues Bandeira.
Ferrador:
Joaquim P. de Figueiredo.
Latoeiro:
António Fillipe de Mattos.
Lavradores ou Agricultores:
Avelino Torres Dias Galvão.
Barão de Villa Garcia.
Francisco António Torres.
Joaquim Simões de Figueiredo.
José Barata Rodrigues.
José Travassos.
Luiz António Torres.
Padaria:
José Antunes Monteiro.
Pedreiros:
Anselmo Rodrigues.
Augusto Fernandes.
Pintor:
Joaquim Francisco Alvarinhos.
Professores:
Custodio Dias Guerreiro.
Emilia Augusta da Silva.
Pharmaceutico:
Egydio da Silva.
Sapateiros:
António Barata Pimpão.
António das Neves Ferreira.
Serradores:
António José de Carvalho.
Francisco José de Carvalho.
Serralheria:
José Maria Rodrigues.
Vinhos (Productores de):
António Rodrigues Torres.
Arthur Augusto Cortez.
Carlos Maria Cortez.

Esperemos que gostem.

in http://museudoesporao.blogspot.com, Documentos – Anuário Comercial de Goes de 1910

Lista completa dos nomes das mulheres que estão na foto do almoço

Alterado em 03/08/09: O nome que faltava reconhecer e que me foi indicado pela Maria Amélia Lopes é o da Ti Prazeres do Adro: Prazeres Vicente.
Texto inicial de 16/07/09: Agradeço à Cila por me dar a indicação completa dos nomes das mulheres que estão na fotografia do almoço das mulheres (só faltando reconhecer uma senhora) e também de como nasceu a iniciativa desse almoço.
A fotografia foi tirada na casa do fundo da Cila, mataram um galo e o almoço foi arroz de cabidela. Neste almoço não entrou nenhum homem, porque quando fizeram o almoço deles não quiseram que as mulheres participassem. Ao que parece, o almoço deles foi comido em cima de um carro de bois na Barroca. Então as mulheres “vingaram-se” e fizeram um almoço só para elas e ao que parece estava muito apetitoso.
Falta dizer, que também participou no almoço a Fátima Neves, que não ficou na foto, sendo ela e a Cila as mais novas do grupo.

Em 1º plano agachadas: Ti Estefânia, Ti Celestina, Amélia Lopes e a Isilda Henriques (Filipe).
Semi-agachadas: Emília Alves, Maria Odete Gaspar, minha Tia Alzira Alves e Deolinda Martins (do Queiroal).
Na 1ª fila, da direita para a esquerda: Leonor Martins , Elvira Brás, América Martins, Maria “da Barroca”, minha Tia Olívia Neves, Maria Nunes, Alice Henriques (Filipe), Francelina Neves, Prazeres Vicente, Gracinda Nunes, Arminda Vicente (do Adro), Generosa Alves, Lúcia Simões Folgosa, Ti Maria “do Albino”, Arminda Martins, Ti Maria (dos pátios, viúva do Sr. Carlos Simões), Ermelinda Folgosa, Zulmira Valente.
Na fila de cima da esquerda para a direita: Isabel Almeida (da Cacilda), Clarinda Almeida (da Cacilda), a pequenita à frente: Lucília (Cila) Nunes, Etelvina Bráz, Maria de Lurdes Simões Ferreira, Maria Carneiro (do Valente), Clementina Carneiro (do Valente), Florinda Alves, Margarida Carneiro (do Valente), Natália Gaspar, Cidália Nunes, Deolinda Henriques (da Barroca) e Maria Deolinda Vicente(do Adro).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mais um nome na foto do almoço das mulheres

Acrescento mais um nome à foto do almoço das mulheres, que é Amélia Lopes (filha de Etelvina Bráz) encontra-se agachada e quase não se vê (só a cabeça). Agradeço à Ziza a indicação do nome.
Volto a colocar a foto porque ao carregar nela, a foto não ficava ampliada.
Assim sendo, coloco novamente o nome de todas as senhoras e naquelas que não reconheço ponho um ?. Se alguém souber os nomes em falta agradeço que o diga.

Na 1ª fila, da direita para a esquerda: ? , Elvira Brás, América Alves, Maria “da Barroca”, minha Tia Olívia Neves, Maria Nunes, Alice Henriques (Filipe), Francelina Neves, ? , ? , Gracinda Nunes, Deolinda Vicente, (a frente) minha Tia Alzira Alves, Generosa Martins, Lúcia Simões, Arminda Martins, Clementina Carneiro, Ti Maria “do Albino”, Natália Gaspar, Ti Maria “do Valente”, Zulmira, ?
Na fila de cima da esquerda para a direita: ? , ? , Etelvina Bráz, Maria de Lurdes Ferreira, ? , ? , Florinda Alves, Margarida Carneiro, ? , ? , ? , ?
Em 1º plano agachadas: Ti Estefânia, Ti Celestina, Amélia Lopes e a Isilda Henriques (Filipe).


NOTA: Se quiser ver a fotografia, com o texto inicial basta ir à etiqueta Recordar é viver, Fotografias de Outros Tempos de 18/05/09

terça-feira, 14 de julho de 2009

Doente

Está a recuperar no Hospital em Góis, a D. Maria de Lurdes Simões Ferreira, depois de ter estado uns dias internada no hospital, em Coimbra, devido a problemas da vesícula.
Votos de uma boa recuperação.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Alminhas (parte 1)

Há uns tempos atrás, li num jornal regional, um artigo escrito pelo Sr. Luciano Nunes, em que falava sobre as alminhas que foram feitas no Cadafaz. Não me recordo ao todo de quantas é que eram, e algumas delas não sei onde estão localizadas. Por isso lembrei-me de ir tirar fotos as que conhecia.
Nos fins-de-semana que tenho ido ao Cadafaz tenho tirado fotos delas, também tive de pedir ajuda ao Filipe, meu marido, para irmos na moto 4 tirar fotografias a algumas delas, visto algumas não estarem na povoação, a última que fomos fotografar neste fim-de-semana tivemos de lá ir 2 vezes, porque não a encontramos da primeira vez que lá fomos. Mas valeu a pena! Essa foi uma das mais bonitas que achei.
Todas foram mandadas fazer por pessoas que vivem ou viveram no Cadafaz.
Algumas são lindíssimas porque enquadram-se bem com o meio que as rodeiam.
Aos poucos vou colocar as fotografias das que consegui tirar.
Vou começar pelas Alminhas das Almas:
Disseram-me que estas foram as primeiras alminhas que fizeram no Cadafaz. Inicialmente não estavam neste sítio, mas sim do outro lado do carreiro, onde está o castanheiro.



(Actualizado em 21/07/09):

Situada nas Almas de seu nome, a caminho do cemitério, mandadas construir pela família de Manuel Nunes Alves, mas foram demolidas quando da construção da estrada de ligação a Cadafaz, mudadas para o local onde se encontram actualmente.
Luciano Nunes dos Reis
in O Varzense, de 15/05/2007, e in http://goisvive.blogspot.com de 27/05/2007

domingo, 12 de julho de 2009

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Foto de Arminda Silva


“É ALDEIA E PORTUGUESA”
Cadafaz Aldeia serrana,
E Sede de Freguesia.
Tua gente não engana,
Tal a sua simpatia.

E o Largo à entrada,
Grande sala de visitas.
Do rio à Cumeada,
Stº António mostra as vistas,

Tem parque de Merendas,
Com um Busto Erguido.
Filho da nossa Terra,
Jamais será esquecido.

As casas de pedra,
A Igreja ao centro.
A torre e o relógio,
São história do tempo.

Convém não esquecer,
Ponto de referência.
A água dos “Portos”,
Tida como excelência.

Não seria esquecida,
Por artista pintor.
Esta paisagem viva,
Grande quadro de valor.

Cadafaz, Agosto 97

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Os vendedores ambulantes

São vários os vendedores que se deslocam ao Cadafaz para venderem os seus produtos.
Aqui fica a relação dos vendedores:

Segunda-feira:
Padeiro da Lousã

Terça-feira:
Merceeiro semanalmente
Quinzenalmente uma merceeira que também trás fruta

Quarta-feira:
Padeiro de Góis
Peixeiro de Capelo
Congelados e gelados de Coimbra

Quinta-feira:
Padeiro da Lousã
Peixeiro de Vila Nova do Ceira

Sexta-feira:
Zeca da Luzenda que trás mercearia e fruta
Padeiro de Tábua

O merceeiro: Zeca

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Recordar o antigo chafariz do Adro

No post que coloquei sobre Os chafarizes (parte 1), que podem rever nas Etiquetas: Fotos e Informações, coloquei uma foto do chafariz que estava no Adro, digo estava, porque hoje já não está lá, ao que parece vai ser feito um novo chafariz. Quando estiver pronto irão poder ver a fotografia aqui no blog.
Até lá coloco uma foto do chafariz antigo, que me foi enviada e que existia antes da alteração do Adro.

Chafariz do Adro em 1999, foto de Cila Nunes


terça-feira, 7 de julho de 2009

Folhas Soltas de Cadafaz por A.Silva

Numa altura em que são vários os artigos à cerca das agremiações regionalistas do Concelho de Góis, nunca será demais relembrar quem e como conseguiram concretizar o que foi feito “ontem” e do qual ainda hoje beneficiamos.
É certo que, uma povoação depois de bem edificada, só por fortes razões muda de local, portanto há necessidade absoluta de diligência e cooperação entre toda a sua comunidade, quer presente ou ausente, para que o seu progresso vá tomando formas quer pessoais quer ambientais adequadas às suas condições geográficas.
Foi certamente o que foi acontecendo ao longo dos anos, continuando numa nova Era em que, por razões ainda mais prioritárias: a saúde, habitação e meio ambiente ou seja, melhores condições em sociedade, neste caso do meio rural, que nos anos 30/40 levou alguns dos grandes homens desta freguesia, dotados de forte personalidade e conhecimento, do que era necessário fazer pelas suas aldeias, a desafiarem um novo futuro para as suas comunidades.
Porém a ideia não teria sido fácil visto tratar-se de uma época em que tudo faltava principalmente bens monetários mas, perante os grandes obstáculos, havia uma grande força de compreensão e ajuda mútua na solução dos variados problemas e, o seu trabalho (gratuito) deu frutos com a concretização de muitas obras, das quais, ainda hoje usufruímos de algumas, noutras a falta da devida atenção na sua conservação tem contribuído para a sua ruína.
Pretendo, pois, referir-me à fundação da Liga de Melhoramentos da Freguesia de Cadafaz criada em 16/6/1932, com 50 sócios tendo como 1º Presidente Cláudio dos Santos. Infelizmente este faleceu em Junho de 1945, perdendo-se um dos grandes impulsionadores. Mas, a sua obra continuou sob orientação dos seus exemplares seguidores, também estes empenhados numa freguesia cada vez mais evoluída quer fosse da margem direita ou esquerda do Rio Ceira.
Mas… melhor que um diploma ou medalha (hoje muita atribuída), a qualquer um dos que se sacrificaram pelo progresso das suas aldeias (e foram muitos) é um documento que tive o privilégio de ler e apreciar do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Góis em 1955 e que passo a citar uma pequena parte do texto com o devido respeito: - “Preâmbulo do relatório de gerência relativo a 1955 – Exmº Sr. Dr. Armando Simões, Presidente da Câmara Municipal de Góis.
Mantenho as considerações elogiosas feitas no relatório anterior acerca da actuação das Agremiações Regionalistas confirmando que tem sido através delas que muitas vezes se tem protegido as finanças Municipais satisfazendo encargos e comparticipações, é certo que, algumas obras comparticipadas pelo estado não se realizariam por incapacidade financeira da Câmara para ocorrer a todas as solicitações mas a quotização dos sócios e o produto de festas e subscrições trazem ao desenvolvimento do Concelho recursos que constituem uma nova e importante fonte de receita. Também é digno de registo e do conhecimento público a colaboração das Juntas de Freguesia não só no fomento da área da sua jurisdição mas no auxilio que esses funcionários sem remuneração e cheios de trabalho prestam à Câmara na execução dos múltiplos serviços que a Câmara lhes solicita e a que a lei obriga como o recenseamento eleitoral …”
Perante o acima citado esta alusão de reconhecimento às Agremiações e Juntas de Freguesia pelo então Sr. Presidente da Câmara Dr. Armando Simões, não poderá ficar esquecida, antes pelo contrário, deverá ser transmitida aos nossos jovens de hoje e entidades, porque além de ser uma grande homenagem aos que foram partindo ao longo dos anos, é também uma forma de reconhecimento aos que ainda fazem parte da nossa e vossa comunidade e que vão ficando no esquecimento e desatenção por quem de direito.
Esta é a intenção do meu muito simples artigo, apenas enriquecido com frases de alguém com muito valor e integridade. (Aut. Dr. M.P.N.R.-Ar.H.G).
Porque: “Os feitos humanos não devem receber os aplausos de quem os faz, mas sim de quem os sabe ver”.
Cadafaz, Maio de 2009
in O Varzeense, de 30 de Junho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Corecção dos nomes da equipa de futebol

Agradeço à Cila Nunes que respondeu ao meu apelo, sobre os nomes que faltavam na lista da equipa de futebol. Aqui fica a lista completa:

Em pé da esquerda para a direita: Leonel Henriques (Filipe), Casimiro Vicente, Acácio Almeida, Leonel Henriques (guarda redes, irmão da Cidália), Jorge Vidal, Padre Sertório, Vitor Henriques (irmão da Cidália) e Armindo Vidal.
Em baixo da esquerda para a direita: Armindo Neves, Valdemar Nunes, José Alves e André Almeida.

Recordações

Umas fotografias para recordar:

Equipa de futebol do Cadafaz na década de 70:

Foto de Virgílio Lopes

Em pé da esquerda para a direita: Leonel Filipe, Casimiro Vicente, Acácio Almeida, guarda redes ?, Jorge Vidal, Padre Sertório, Vitor Henriques, ?
Em baixo da esquerda para a direita: Armindo Neves, ? , José Alves, ?
Nota: Peço desculpa às pessoas em que pus ?, mas não conseguimos reconhecê-los.
Se alguém souber quem são, agradecia que me disse-se.

Sede da U.R.C. e antiga Escola Primária, foto de Virgílio Lopes

sábado, 4 de julho de 2009

União Recreativa do Cadafaz - 1960-1962

Foi assim, que um entre muitos cadafazenses responderam ao apelo da união pelo Progresso de Cadafaz para angariação de sócios.
Aos 2 de Outubro de 1960, no Pátio Pimenta, nº 25, em Lisboa tem lugar a criação da União pelo Progresso do Cadafaz, iniciativa dos seguintes cadafazenses:
Manuel Domingos Alves, Guilherme dos Santos Simões Vicente, António dos Santos Fernandes de Almeida, António Alves de Almeida, Fernando Alves de Almeida, José Martins das Neves, José António Bráz, Joaquim António Alves, José de Almeida, José Maria Simões, Manuel António Martins, Adelino Martins Ferreira, Virgílio Alves Gaspar, José Maria Vicente, Manuel Martins Alves, Silvino Bráz Neves, José António Ferreira, Guilherme Alves Gaspar, Serafim Martins Bráz, João Simões, Manuel Nunes, e Carlos Alberto Vidal Vicente.
Nessa reunião foram eleitos os Corpos Gerentes, cuja constituição foi a seguinte:

Assembleia geral:
Presidente: Benjamim de Almeida
Vice-presidente: Ernesto Henriques Nunes
1º Secretário: Armindo Simões Nunes
2º Secretário: Claudino Simões Carneiro

Direcção:
Presidente: Fernando Alves de Almeida
Vice-presidente: Manuel Domingos Alves
1º Secretário: Guilherme dos S. S. Vicente
2º Secretário: António Vicente
Tesoureiro: José António Bráz
Vogal: António dos S. F. de Almeida
Vogal: Serafim Martins Bráz
Suplentes: Manuel António Martins
Suplentes: José Martins das Neves
Suplentes: António Alves de Almeida
Suplente: José Maria Vicente
Suplente: José Maria Simões

Conselho Fiscal:
Presidente: Luís Henriques Nunes
Secretário: Mário dos Anjos Bráz
Relator: Luciano Bráz de Almeida
Suplente: Manuel Martins Alves
Suplente: Manuel F. das Neves

A dinâmica e o conjunto de iniciativas que desde logo a novel colectividade desenvolve, mostra claramente uma visão que excede em muito a causa que esteve na sua origem.
Assim em Março de 1962 já se encontravam nas suas preocupações os seguintes assuntos:
Estradas: Tarrastal-Cabreira; Cemitério-Cadafaz.
Calçadas: Alargamento de ruas; Volta-do-carro, Alargamento do adro.
Serventia para a escola de Cadafaz;
Sanitários da escola;
Casa para o encarregado do correio;
Electrificação.

Durante os primeiros tempos a União pelo Progresso do Cadafaz, vai desenvolver um conjunto de acções junto da Junta de Freguesia de Cadafaz e Câmara Municipal de Góis no sentido de tomar conhecimento das várias situações que preocupavam os seus directores e ainda das formas de dar uma contribuição positiva na sua concretização. Inicia-se também o processo tendente à legalização da colectividade junto do Governo Civil de Lisboa, curiosamente em 25 de Abril de 1962 o presidente da colectividade Américo Alves Martins é notificado pelo Governo Civil para suspender imediatamente a actividade associativa.
Em 17 de Junho de 1962 tem lugar na Casa do Concelho de Góis, uma reunião de naturais de Cadafaz para estudar, elaborar e aprovar os estatutos de uma colectividade recreativa, e em 9 de Novembro do mesmo ano é concedido o Alvará de constituição da União Recreativa do Cadafaz.
A 13 de Janeiro de 1963 realiza-se a 1ª Assembleia Geral da União Recreativa do Cadafaz na qual se procede à eleição dos 1ºs Corpos Gerentes da colectividade e que foram os seguintes;

Assembleia geral:
Presidente: Manuel Martins dos Santos
1º Secretário: Fernando Alves de Almeida
2º Secretário: José Bráz
1º Vogal: Benjamim de Almeida
2º Vogal: Luís Henriques Nunes

Direcção:
Presidente: Américo Alves Martins
Vice-Presidente: Guilherme Simões Vicente
Tesoureiro: Manuel Domingos Alves
1º Secretário: José Maria Simões
2º Secretário: Bladmiro da Cruz Carneiro
Vogal: António dos S.F. de Almeida
Vogal: Manuel Martins Bráz
Suplentes: Serafim Martins Bráz
Suplentes: José Martins da Neves

Conselho Fiscal:
Presidente: Mário dos Anjos Bráz
Secretário: Luciano Bráz Almeida
Vogal: Augusto Fragoso
Vogal Suplente: Virgílio Gaspar
Vogal Suplente: António A. de Almeida
União Recreativa do Cadafaz, 25 anos da União Recreativa do Cadafaz 1962-1987, Lisboa, 1987

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Fundo do lugar

O Fundo do lugar é a parte mais antiga da aldeia, foi-me dito que antigamente as capelas eram situadas ao cimo das povoações, e estando a Capela de Santo António na parte de cima, tudo leva a crer que o Fundo foi o local onde se iniciou a aldeia.
As ruas do Fundo do lugar:





quarta-feira, 1 de julho de 2009

Olhares XI

Mais uns Olhares:

Depois de uma chuvada
Este ano, as cerejeiras carregaram no Cadafaz

Porta envelhecida com o tempo

A paragem

Raios de sol nos castanheiros do Covão